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Crescimento da Madeira acontece quando a ilha se volta para o exterior

O secretário regional da Economia, Turismo e Cultura disse esta manhã que tem sido quando a Madeira se abre ao exterior que mais cresceu.
24 Março 2017, 16h10

Eduardo Jesus, reforçava as palavras do presidente do Governo Regional que havia expressado igualmente essa realidade económica na conferência “A Madeira e a China na Nova Rota da Seda Marítima”. O secretário regional referiu que esta é uma forma de encontrar lá fora o mercado que falta cá dentro, vertente que diz “que se consegue através das exportações e da captação do investimento direto estrangeiro”. Neste âmbito, acrescentou que foi nesta lógica que surgiu a Invest Madeira, uma agência de captação de investimento, mas também de promoção das exportações.

No início da conferência, que decorreu no auditório da Reitoria da Universidade da Madeira, no Colégio dos Jesuítas, no Funchal, onde esteve presente o embaixador da República Popular da China, acreditado em Lisboa, Cai Run, o presidente do Governo Regional historiou sinteticamente o que tem sido o desenvolvimento económico da Madeira desde a sua povoação. E foi neste contexto que disse que os grandes momentos de crescimento da Madeira aconteceram quando a ilha se virou para o exterior. Miguel Albuquerque disse que este é um desses momentos em que o Governo está ciente que esse é o caminho. E falou das potencialidades da Região Autónoma da Madeira e do seu potencial de atratividade.

Potencialidades madeirenses para cooperar

Neste âmbito, falou do Centro Internacional de Negócios da Madeira, e das suas vantagens fiscais competitivas, assim como do facto de ser um espaço privilegiado no Atlântico para fazer a ponte entre a Ásia, a Europa, a América e África. Além da componente empresarial  falou também do Registo Internacional de Navios da Madeira, do seu crescimento e afirmação, e que, por isso mesmo, pode ser uma oportunidade de cooperação.

O presidente do Governo Regional evidenciou igualmente a disponibilidade da Madeira em colaborar com a China noutros domínios como a área de ponta que afirma existir na Região Autónoma da Madeira neste momento, que são as suas empresas tecnológicas. Sublinhou que “duas das principais empresas tecnológicas da Europa estão sediadas na Madeira” e que “já temos cerca de 268 engenheiros informáticos a trabalhar nestas duas empresas”. Por outro lado, o presidente do Governo afirmou que a Madeira está a desenvolver novas áreas, sobretudo a partir das startups, de inserção no mercado global digital. Daí ter afirmado que está é uma área em que a Madeira está na vanguarda, pelo que entende ser uma boa oportunidade para colaborar com a China.

Falou ainda da vantagem competitiva da Madeira em matéria de aquacultura, e ainda de outras áreas económicas que disse estarem disponíveis para estreitar as relações entre a Região e a China. A Educação e a Cultura são outras áreas onde o governante evidenciou poder haver colaboração.

Miguel Albuquerque referiu-se igualmente à comunidade chinesa na Madeira que diz ser bem acolhida e que está perfeitamente integrada. Deixou claro que na Madeira “não temos qualquer tipo de discriminação em relação às pessoas que acolhemos” e agradeceu mesmo ao embaixador o trabalho que a comunidade chinesa tem desenvolvido em prol do desenvolvimento económico da Madeira.

Conferência promovida pelo Governo

A conferência “A Madeira e a China na Nova Rota da Seda Marítima”, promovida pela Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura, assim como a visita de trabalho à Região que está a fazer o embaixador da China, integra-se no plano de diplomacia económica que tem vindo a ser desenvolvido pela referida secretaria regional, através também da Direção Regional de Inovação Valorização e Empreendedorismo e, mais recentemente, da Invest Madeira.

A conferência contou com a participação de vários oradores e com a colaboração do ChinaLogus do ISEG da Universidade de Lisboa e da Associação Amigos da Nova Rota da Seda.

O evento teve ainda o apoio da Universidade da Madeira e do Instituto Confúcio. Destinou-se a académicos, economistas, fiscalistas, associações representativas e empresários com reconhecida influência, estudantes nas áreas internacionais e demais interessados, particularmente nos setores da área económica.

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