Portugal cai dois lugares mas mantém-se no top 5 dos países mais pacíficos do mundo

Embora tenha caído duas posições, Portugal continua no top 5 dos países mais pacíficos do mundo, um ranking mundial liderado pela Islândia que se mantém na liderança desde 2008. Ao topo da lista, juntam-se a Nova Zelândia, que subiu uma posição, a Dinamarca, que avançou duas, Portugal e, em quinto lugar, a Eslovénia que saltou cinco lugares desde a última edição. Se excluirmos os países fora da União Europeia, Portugal é o segundo mais seguro do bloco.

Esta é a 15ª edição do Índice Global da Paz (GPI, sigla em inglês), que classifica 163 estados e territórios independentes de acordo com seu nível de paz. Produzido pelo Instituto de Economia e Paz (IEP), o GPI é o principal medidor mundial dos níveis de paz global.

Enquanto que o resto do top 10 é composto, maioritariamente, por países europeus — Áustria, Suíça, Irlanda, República Checa e Canada — o fim da lista é composto maioritamente por países do Médio Oriente. Pelo quarto ano consecutivo, o Afeganistão surge na última posição do ranking, isto é, em 163º lugar, enquanto que o Iémen, a Síria e o Sudão do Sul, no Norte de África, e o Iraque antecedem-no.

Olhando para as principais potencias económicas, estas situam-se espalhadas pela lista. O Japão aparece primeiro em 12º lugar e Alemanha surge na 17º posição (subindo um lugar). Mais à frente aparece a Itália em 32º (caindo três posições), o Reino Unido em 33º lugar (saltando seis lugares) e a França na 55º posição. A China cai seis posições até ao 100º lugar, situando-se à frente dos Estados Unidos que ocupam a 122º posição.

Quanto aos países PALOP que foram avaliados pelo IEP, Angola surge em 80º lugar, tendo subido sete posições relativamente à edição anterior, enquanto que a Guiné-Bissau subiu três lugares até à 99º posição. Moçambique surge na 103º classificação e o Brasil mantém a mesma avaliação do ano passado: 128º lugar.

De forma geral, os resultados deste ano mostram que o nível médio de paz global caiu 0,07&, fazendo desta a nona desvalorização mais acentuada dos últimos treze anos, com 87 países a melhorar a sua posição e 73 a piorarem.

No entanto, a mudança na pontuação é a segunda menor na história do índice. O GPI 2021 revela um mundo em que os conflitos e crises que surgiram na última década começaram a diminuir, apenas para serem substituídos por uma nova onda de tensão e incerteza devido à pandemia da Covid-19 que gerou tensões crescentes entre muitas das grandes potências económicas.

Apenas três das nove regiões do mundo tornaram-se mais pacíficas desde o ano passado. A melhoria mais significativa ocorreu no Médio Oriente e Norte da África, seguido pela Europa e o Sul da Ásia.

Na Europa, a melhoria da paz foi impulsionada por melhorias na segurança interna, incluindo melhorias no impacto do terrorismo, manifestações violentas e crimes violentos. No entanto, a instabilidade política e as despesas militares deterioraram-se.