Denis K, o líder de uma organização cibercriminosa foi detido hoje, em Espanha, depois de ter desviado, de acordo com as autoridades, cerca de 803 milhões de euros através de ataques informáticos a mais de 100 entidades.
Após três anos de investigações, a Unidade Central de Crimes Cibernéticos da Espanha, em colaboração com a promotoria especial de Criminalidade Informática e a Europol, do FBI, da Interpol e de agentes da polícia da Bielorrússia, conseguiu prendê-lo e desmantelar a organização.
A magnitude da operação cibercriminosa é inédita e afetou bancos em mais de 40 países. Em apenas um ano, a organização conseguiu mais de 1.000 milhões de dólares (cerca de 803 milhões de euros) desviando, de forma remota, várias entidades bancárias.
Para realizar os roubos virtuais, o criminoso remetia e-mails, aparentemente legítimos, aos bancos com um arquivo em anexo que continha um programa informático que infectava os computadores. Esta era a porta de entrada para os sistemas bancários pelos criminosos. Com a instalação do programa, era capaz de se infiltrar e infectar o resto da rede bancária a fim de controlar os servidores e caixas electrónicas.
O dinheiro era retirado de três maneiras: transferências bancárias para contas no exterior, alteração de banco de dados de usuários para aumentar o saldo em suas contas bancárias e mulas para fazer a retirada em caixas electrónicas, ou mesmo envio de comando específico para um caixa electrónico para que este libertasse todo o dinheiro, que era colectado por um membro da organização criminosa.
O dinheiro era lavado através de transferências para bolsas virtuais de criptomoedas e cartões pré-pagos.
Desde que começou a operar em 2013, este grupo de delinquentes conseguir ter acesso a praticamente todos os bancos da Rússia.
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