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Wall Street fecha sem tendência definida

Dados económicos e Fed voltam a confundir investidores: a Reserva Federal, depois de ter decidido baixar as taxas de juro em 25 pontos base, mantém “todas as opções em aberto”.
  • Brendan McDermid/Reuters
22 Agosto 2019, 21h33

As bolsas dos Estados Unidos fecharam sem uma tendência definida, num dia em que os dados económicos não ajudaram a clarificar a divisão na Fed, Reserva Federal norte-americana, que, depois de ter decidido baixar as taxas de juros em 25 pontos, diz agora que mantém todas as opções em aberto.

O dia ficou marcado pela divulgação de dados económicos, que influenciaram os investidores em sentidos opostos, aparentemente sem preceberem se devem optar pela hipótese de o Fed descer as taxas diretoras ou, ao contrário, se optará por subí-las. A indecisão costuma ser, como se sabe, o pior cenário para os investidores.

O Dow Jones foi o único dos três principais índices a subir, registando um ganho de 0,19% para 26.252,24 pontos, enquanto o Nasdaq recuou 0,36% para 7.991,39 pontos. Já o S&P500 fechou o dia com uma queda de apenas 0,05% para 2.922,95 pontos.

Do lado positoivo esteve a queda, superior à prevista pelos analistas, dos pedidos de subsídios de desemprego. Do lado oposto esteve um outro dado que aponta para uma contração na atividade industrial – que motivou a criação líquida de emprego muito abaixo daquilo que o governo tinha prometido. Segundo a imprensa norte-americana, a criação de emprego pode ter ficado cerc a de meio milhão atrás do previsto.

Paradoxalmente, às primeiras horas do mercado, e depois da divulgação das minutas da última reunião da Reserva Federal, os ínices estiveram do lado positivo, mas o certo é que, no fecho, a tendência deixou de ser tão positiva.

Amanhã, os investidores estarão atentos às palavras do presidente da Fed, Jerome Powell – já anteriormente declarado inimigo do presidente Trump. O líder da autoridade vai falar em Jackson Hole e os investidores estão expectantes para perceberem se serão deixados mais sinais – e, já agora, para que lado.

Por setores, as tecnológicas pressionaram a negociação, enquanto a banca travou as quedas. Apple, IBM, Intel recuaram todas mais de 0,5%, enquanto o Bank of America, o Goldman Sachs  e o Citigroup subiram cerca de 1%.

Destaque para as ações da Nordstrom, uma retalhista, que disparou 16%, depois de, à semelhança da Target e da Lowe na última sessão, ter apresentado resultados trimestrais que superaram as estimativas dos analistas.

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