[weglot_switcher]

Marca Manolo Blahnik entra no mercado chinês após 22 anos de batalha legal

A marca de sapatos Manolo Blahnik conseguiu entrar na China, depois do país alterar as suas regras de Propriedade Intelectual. Empresa do criador espanhol já tem planos de expansão no território.
Manolo Blahnik
Shoes designed by Manolo Blahnik are displayed during the Fall 2014 collection at New York Fashion Week February 9, 2014. REUTERS/Joshua Lott
10 Novembro 2024, 15h17

O fabricante de luxo Manolo Blahnik, cuja arte é uma das imagens de marca da série ‘O Sexo e a Cidade’, vai abrir a sua primeira loja na China. A entrada no mercado chinês coincide com o final de uma batalha legal que demorou 22 anos a finalizar, e que decidia sobre o uso do nome da marca.

Conta a “Reuters” que a botique se vai localizar um centro comercial de luxo em Xangai. No entanto, os planos da Manolo Blahnik para a China não se fica por aqui, uma vez que a fabricante de luxo planeia abrir uma loja por ano nos próximos cinco anos.

A Manolo Blahnik vai agora conseguir comercializar o seu calçado de luxo na China continental, isto depois de um empresário local ter registado a sua marca sob o mesmo nome do sapateiro espanhol em 1999, o que impedia a marca de operar na China sob a sua insígnia. Desde 2000 que a empresa contestava a validade das marcas registadas pelo empresário chinês, sendo que o Supremo Tribunal Popular da China só deu razão à marca em junho passado.

“Estamos muito agradecidos por ter conseguido recuperar a nossa marca registada. Antes, estávamos focados apenas em recuperá-la. Desde então que estamos focados em abrir na Ásia”, explicou Kristina Blahnik, presidente da marca e sobrinha do criador espanhol, citada pela “Reuters”.

A Manolo Blahnik vai concorrer com marcas de luxo fixadas há mais de uma década na China, nomeadamente a Jimmy Choo e Christian Louboutin.

A estreia da marca de sapatos de luxo na China acontece num momento em que as marcas couture estão a registar vendas fracas, prejudicadas pelo fraco crescimento económico e falta de confiança dos consumidores. A Louis Vuitton é apenas um exemplo das marcas que tem sido afetada pela China.

Mais recentemente, e para mostrar que está focada no mercado asiático, a marca abriu duas lojas em Hong Kong. O próximo passo é mesmo a China continental. Anteriormente, a insígnia Manolo Blahnik só estava disponível aos consumidores chineses através de plataformas de comércio eletrónico como a Fartfetch.

De acordo com dados recolhidos pela “Reuters”, o mercado de calçado de luxo chinês está avaliado em cinco mil milhões de dólares este ano, perspetivando-se um crescimento anual de 7,6% até 2029.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.