Bynd lança fundo de 40 milhões. Três portuguesas foram a primeira aposta

A Bynd Venture Capital anuncia, esta segunda-feira, o lançamento de um novo fundo no valor de 40 milhões de euros. O Fundo III prepara-se para investir em startups tecnológicas ibéricas em fase pre-seed e seed.

A capital de risco revela que as portuguesas Equall, CircuitLeap e Spot são as primeiras três startups financiadas por este apoio.

Focado em tecnológicas, o objetivo é desenvolver três áreas principais: Inteligência Artificial e software, bens de consumo e tecnologia para a sustentabilidade.

“Este novo fundo evidencia o compromisso de longo-prazo da Bynd com o ecossistema de inovação na Península Ibérica, iniciado em 2010 com o lançamento do nosso veículo de business angels e mais tarde reforçado, em 2015, com a criação da nossa sociedade gestora de capital de risco”, explica Santiago Salazar, chairman da Bynd.

Nas palavras do responsável, este fundo “pretende dar continuidade à nossa missão de apoiar empreendedores com ambição de montar empresas globais a partir de Portugal e Espanha”, sendo que a experiência e rede de contactos é uma mais-valia e “permite-nos um acesso privilegiado a oportunidades de investimento e a capacidade de oferecer aos fundadores as ferramentas e conhecimento para escalar os seus negócios”.

O mais recente fundo da Bynd Venture Capital, cuja previsão de duração é de 10 anos, com quatro em investimento e seis de consolidação de portefólio, sucede aos dois já lançados, que somam mais de 60 investimentos da venture capital ibérica, além de mais de 400 parceiros e 70 fundadores ativos.

O acompanhamento a estas startups também será feito nas métricas de ESG, favorecendo investimentos em empresas que demonstrem compromisso com a criação de um impacto positivo.

Entre os investidores deste Fundo III, adianta a Bynd Venture Capital em comunicado, estão o espanhol Fond-ICO, o industrial português Nors e o banco Caixa Capital. Inserem-se ainda sociedades familiares, fundadores de portefólio e investidores privados.

“Fizemos o primeiro closing em maio e estamos bastante ativos a investir. Pretendemos realizar cerca de 40 investimentos nos próximos quatro anos, 20 em startups em fase pre-seed e outros 20 em empresas em fase seed, e reservar também capital para realizar rondas de follow-up”, adianta Francisco Ferreira Pinto, partner da Bynd.

Além dos novos investidores, a capital de risco expandiu a equipa na Península Ibérica, por forma a acompanhar o crescimento e a gestão do fundo. Para o escritório de Barcelona a Bynd contratou Gerard Adell e Alvaro Garcia para Madrid. Os dois associados somam anos de experiência no setor de investimentos de capital de risco.