Em comunicado enviado à CMVM, a Ibersol anunciou um resultado líquido das operações continuadas de 9,1 milhões euros, uma redução de 0,4 milhões de euros face ao período homólogo de 2023. Já o resultado líquido consolidado ascendeu a 12,2 milhões de euros (10,6 milhões de euros em igual período de 2023) “e inclui o resultado da alienação das operações descontinuadas que ascendeu a 3,1 milhões de euros correspondente à mais-valia na alienação de oito restaurantes Burger King no montante de 2,9 milhões de euros e200 mil euros de resultado líquido gerado até ao momento da saída”.
O grupo diz ainda que “o mês de julho foi assinado o contrato de compra dos restantes 60% do capital social da sociedade Medfood Invest, S.L. por 13,5 milhões de euros. A Ibersol passou a deter a totalidade do capital social da Medfood, detentora de 100% da New Restaurants of Spain, S.A.U. (NRS), que atualmente opera 34 restaurantes KFC na Comunidade Valenciana de Espanha. A NRS registou, no 3º trimestre – que coincide com o período de maior atividade – um volume de negócios de 11,7 milhões de euros, um EBITDA de 2,6 milhões de euros e um resultado líquido de 0,8 milhões de euros. Os ativos aportados ascendiam a 36,8 milhões de euros e o Passivo era de 34,9 milhões de euros e incluía 9,8 milhões de euros de financiamento bancário”.
O ano de 2024 “tem sido marcado por um crescimento moderado no setor da restauração, nomeadamente no consumo out-of-home. O comportamento das vendas no 3º trimestre não foi linear. A atividade no mês de julho teve um fraco desempenho, registando-se uma redução na evolução de vendas LfL de cerca de 3 p.p. face ao 2º trimestre. Em agosto o desempenho foi melhor, sobretudo na segunda quinzena do mês, e em setembro o crescimento de vendas foi 5 p.p. superior ao de julho e 2 p.p. superior ao do ano em acumulado”.
O volume de negócios das “Operações Continuadas” atingiu os 346,4 milhões de euros nos primeiros 9 meses do ano, ultrapassando os 310,1 milhões de euros do período homólogo. Este crescimento de 11,7% deve-se a novas aberturas, ao melhor desempenho do canal de Delivery através de agregadores (que registou crescimentos na ordem dos 17%) e à integração das unidades KFC que pertencem ao negócio NRS a partir de 1 de julho, com um volume de negócios de 11,7M€. O crescimento LfL das vendas de restauração no 3º trimestre foi de cerca de 5%. O tráfego de passageiros nos Aeroportos de Espanha, apesar de ter registado uma desaceleração do crescimento no 3º trimestre, continua a funcionar como alavanca para os restaurantes localizados nas concessões dos aeroportos e permite mitigar a relativa estagnação do consumo no mercado da restauração.
O ativo consolidado atingiu em 30 de setembro o montante de 728 milhões de euros e o Capital Próprio situou-se em 341,2 milhões de euros, representando cerca de 47% do total do Ativo. O Passivo consolidado atingiu um montante de 386,9 milhões de euros.
A integração da Medfood contribuiu com 36,8 milhões de euros de ativo 34,9 milhões de euros de Passivo, estando ainda em curso o exercício de PPA para apuramento do justo valor dos Ativos e Passivos.
O investimento no período acumulado a setembro foi de 25,2 milhões de euros, dos quais 19,9 milhões de euros no programa de expansão e na conversão dos restaurantes nos aeroportos em Espanha e 3,7 milhões de euros na remodelação de 30 restaurantes.
O Passivo corrente ascende a 147,3 milhões de euros dos quais 49,2 milhões correspondem a Responsabilidades com Locações sendo 55,7 milhões de euros inferior ao Ativo corrente. O Grupo dispõe de 31,8 milhões de euros de linhas de papel comercial e linhas de crédito contratadas não utilizadas.
A 30 de Setembro de 2024, o Capital Próprio ascendia a 341,2 milhões de euros, inferior em 13,7 milhões de euros ao valor registado no final de 2023, em virtude de o grupo ter efetuado uma distribuição de dividendos de 20,8 milhões de euros.
A dívida líquida (incluindo as responsabilidades com locação) ascendia a 139,0 milhões de euros, o que representa um aumento de 71,6 milhões de euros face ao valor em dívida no final de 2023 (67,3 milhões de euros), sendo que 264,9 milhões correspondem às responsabilidades com locações.
Quanto às prespetivas, as previsões recentes dos Bancos de Portugal e Espanha para 2024, apontam para crescimentos do PIB de 1,6% e 2,8% respetivamente, com um abrandamento na inflação face aos últimos dois anos e uma redução moderada das taxas de juro até ao final do ano.
A situação geopolítica e a manutenção dos conflitos no Médio Oriente e na Ucrânia continuam a gerar incerteza sobre o futuro e a segurança da Europa, com potenciais efeitos negativos na confiança dos consumidores. “Esperamos, no entanto, que os mercados do sul da Europa, mais expostos ao turismo, continuem a evidenciar uma maior resiliência face a um abrandamento natural no consumo. Em Portugal, o aumento do rendimento disponível das famílias permite-nos prever que este último trimestre possa ser um pouco mais favorável ao consumo de restauração.
O ano de 2024 ficará ainda marcado pela conversão dos novos restaurantes concessionados nos aeroportos de Lanzarote, Madrid, Tenerife e Málaga, que continuará a pressionar a rentabilidade, até que se conclua a sua conversão nos formatos e conceitos definitivos, algo que se prevê que ocorra até ao final de abril de 2025.
Ao nível de desenvolvimento das nossas operações, daremos continuidade aos planos de expansão das marcas da Pizza Hut, KFC, Taco Bell e Pret A Manger, que abriu o seu primeiro restaurante em Portugal no mês de outubro.
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