Os vales de eficiência energética, um apoio do Governo para a população mais carenciada, registaram um aumento homólogo de 170% das reclamações no Portal da Queixa, nos primeiros seis meses do ano.
No segundo trimestre deste ano as reclamações registaram um disparo de 200%, em comparação ao período do ano anterior.
De acordo com o Portal da Queixa, os principais motivos estão a não atribuição dos apoios, responsável por 59,25% e a falta de informação ou dificuldades de contacto, com 37,04%.
Os dados mostram ainda que o ministério do Ambiente e Energia é a entidade que que mais queixas tem direcionadas, com 65,11%, seguindo-se a Agência Portuguesa do Ambiente, que recolheu 6,98%.
O Portal da Queixa revela ainda que de todas as reclamações apenas 27,91% das queixas foram resolvidas, enquanto 48,84% permanecem sem solução e 22,26% aguardam resposta.
Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa, afirma que “este cenário evidencia a necessidade de ações mais eficazes por parte das entidades responsáveis para garantir a atribuição dos apoios de forma célere e transparente, além de melhorar a comunicação com os beneficiários, dar resposta e resolução”.
“A prioridade deve ser assegurar que as famílias vulneráveis tenham acesso efetivo aos vales, contribuindo para a redução da pobreza energética no país”, refere.
Inicialmente o Governo tinha o objetivo de distribuir 100 mil vales, com um valor de 1300 euros cada, contudo o Governo cortou esta meta para 60%.
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