A reforma é uma das preocupações dos jovens portugueses, com a grande maioria destes a recear que não vai conseguir poupar o suficiente para garantir conforto financeiro durante essa fase da vida.
De acordo com o estudo da Deloitte ‘Gen Z and Millennial Survey 2025’, esta é uma preocupação que assiste a 60% dos Millennials e a 54% da geração Z.
Margarida Sousa Uva, associate partner da Deloitte, afirma que “os jovens da geração Z e os Millennials começaram os seus percursos profissionais em contextos marcadamente desafiantes, o que acabou por moldar as suas expectativas em relação ao trabalho e ao conceito de sucesso”.
“Para estas gerações a noção de valor está assente no equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, num trabalho com propósito, e na procura de uma estabilidade financeira, nem sempre possível. Atualmente, perante as mudanças impulsionadas pela GenAI, os jovens estão a repensar o seu posicionamento no mercado de trabalho, bem como as competências de que necessitam para progredir e o apoio que esperam das organizações”, refere.
O custo de vida continua a ser uma das preocupações destacadas por estes jovens, contudo os jovens portugueses têm outras preocupações, nomeadamente a saúde menta, a instabilidade política e conflitos geopolíticos internacionais.
O estudo revela que 53% dos Millennials e 40% da Geração Z em Portugal decidiu não prosseguir estudos no ensino superior devido a limitações financeiras, valores superiores aos globais, sendo o elevado custo das propinas a maior preocupação dos jovens portugueses.
Perante esta realidade os jovens optam por valorizar competências que podem ser desenvolvidas fora do percurso académico tradicional. As ambições de carreira também estão a sofrer uma mudança, com 27% dos portugueses da geração Z e 46% dos Millennials já não estão a trabalhar no setor ou na carreira que inicialmente pretendiam.
Segundo o inquérito, 29% da geração Z e 33% dos Millennials em Portugal afirmam que o seu trabalho é um fator que contribui muito para os seus sentimentos de ansiedade ou stress. Para isto contribuem a falta de reconhecimento no trabalho, as horas laborais excessivas e a cultura tóxica do local de trabalho.
A Inteligência Artificial tem sido uma tecnologia emergente durante o início de carreira de muitos destes jovens, tendo o seu uso ficado cada vez mais generalizado, com 54% da geração Z e 48% dos Millennials em Portugal a afirmarem utilizar a GenAI no seu trabalho diário.
“A análise de dados, estratégia e criação de conteúdos são as principais aplicações desta tecnologia, com uma grande parte dos inquiridos (66% dos Millennials e 80% da Geração Z) a referirem que esta lhes permite poupar tempo e ter um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, ou que lhes permitiu melhorar a sua produtividade”, refere o estudo.
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