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Morreu Constança Cunha e Sá aos 67 anos. Políticos lembram percurso “profissional e humano” da jornalista

As reações vêm de todos os quadrantes. “Foi uma figura singular do jornalismo português, cujo percurso profissional e humano deixa uma memória indelével em todos quantos com ela tiveram o privilégio de trabalhar e de privar”, escreve o Presidente da República já nota de pesar publicada no site da Presidência. Paulo Rangel, Carlos Guimarães Pinto e Rui Tavares também recordam a jornalista que morreu hoje.
2 Dezembro 2025, 14h10

A jornalista e comentadora política Constança Cunha e Sá morreu aos 67 anos. Constança Cunha e Sá, que passou pelo O Independente, pela Sábado e pela TVI, estava doente com um cancro.

Nascida a 23 de agosto de 1958, em Lisboa, Constança Cunha e Sá foi professora de Filosofia antes de começar a carreira no jornalismo. Os primeiros passos na área foram dados em 1988, aos 29 anos, quando integrou a primeira geração da revista Sábado.

Foi também diretora do semanário O Independente, editora de política na TVI, redatora-principal no Diário Económico e escreveu em jornais como o Público, Correio da Manhã, Jornal de Negócios e jornal I.

Recentemente, Constança Cunha e Sá apoiou a candidatura de António Filipe para as eleições presidenciais do próximo ano.

As reações vêm de todos os quadrantes. “Foi uma figura singular do jornalismo português, cujo percurso profissional e humano deixa uma memória indelével em todos quantos com ela tiveram o privilégio de trabalhar e de privar”, escreve o Presidente da República já nota de pesar publicada no site da Presidência.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, reagiu na rede X à morte de Constança Cunha e Sá, dizendo que se tratava de uma pessoa “demasiado humana para o nosso tempo” que “encarnou o escrúpulo jornalístico”.

“Amava a vida em e com todas as contradições. Humana, demasiado humana para o nosso tempo – o tempo da artificial inteligência. Adeus, Constança”, diz o Ministro dos Negócios Estrangeiros.

Já Carlos Guimarães Pinto, da IL, disse na rede X que “discordava tantas vezes da Constança Cunha e Sá. Do conteúdo e até da forma. Ao mesmo tempo, foi uma das pessoas com quem consegui manter discussões interessantes e construtivas em privado, longe da violência da discussão pública. Uma pessoa intelectualmente estimulante, daquelas raras em qualquer área política. Guardo com carinho uma das últimas mensagens que me enviou a propósito de uma discussão sobre o 25 de Abril/25 de Novembro. Uma lição de despolarização e respeito”.

Rui Tavares, líder do Livre, fala de “uma jornalista com grande experiência que sempre participou no debate público com vivacidade, de forma empenhada e estimulante”.

Também José Eduardo Moniz, diretor da TVI, lamentou publicamente o desaparecimento da jornalista. “É com profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento de Constança Cunha e Sá. Foi uma voz firme e respeitada do jornalismo português, sempre clara e corajosa na análise. A sua presença na nossa estação, e no debate público em geral, representou sempre um compromisso com a verdade e com a independência editorial.”


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