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Renault vai “estudar” proposta da Fiat Chrysler

Sem avançar mais detalhes, a empresa francesa adiantou que o conselho de administração já se reuniu para avaliar a sugestão de fusão 50-50 e disse que facultará informações adicionais “no momento oportuno”.
27 Maio 2019, 12h10

O grupo Renault já respondeu à proposta de fusão 50/50 feira apresentada esta segunda-feira pela Fiat Chrysler Automobiles (FCA). O conselho de administração da fabricante automóvel francesa anunciou que se reuniu esta manhã para “examinar” a sugestão de combinação de negócios. Sem avançar mais detalhes, a Renault adiantou apenas que facultará informações adicionais “no momento oportuno”.

“Depois da análise dos termos da proposta da FCA, o conselho de administração da Renault decidiu pelo interesse de estudar a oportunidade da mesma em função do reforço do aparelho industrial do hrupo Renault e geradora de valor para a aliança”, explicou a empresa, em comunicado.

A FCA, que engloba as marcas Fiat e Chrysler, sugeriu hoje uma fusão “transformadora” com o grupo Renault, para criar o terceiro maior grupo automóvel a nível mundial. A dupla desta indústria quer criar um portefólio de marcas que faça a cobertura total do mercado e tenha presença nos principais segmentos que consideram premium: Maserati, Alfa Romeo, para as marcas de forte acesso Dacia e Lada, Fiat, Renault, Jeep, Ram, entre outras.

Em termos práticos, a empresa-mãe seria liderada por 11 pessoas, iria negociar na praça de Milão, na Euronext de Paris e na Bolsa de Nova Iorque e os benefícios decorrentes desta combinação de negócios seriam partilhados: 50% para os acionistas da FCA e 50% para os detentores de capital social do grupo Renault.

“Antes de a transação ser fechada, para mitigar a disparidade nos valores do mercado acionista, os acionistas da FCA também receberiam um dividendo de 2,5 mil milhões de euros. Além disso, haveria uma distribuição das ações da Comau [subsidiária italiana da FCA] da para os acionistas da FCA ou um dividendo incremental de 250 milhões de euros se a cisão da Comau não acontecesse”, clarifica a empresa.

Se a fusão avançar, nasceria a terceira maior fabricante automóvel, logo depois da Toyota e da Volkswagen. Este casamento Fiat-Renault iria gerar vendas de, aproximadamente 8,7 milhões de veículos por ano – sendo que, juntamente com os seus aliados Nissan e Mitsubishi, venderiam de 15 milhões de carros por ano.

Quanto ao impacto nos relatórios e contas, numa base agregada simples das contas de 2018, a previsão é que as receitas anuais da fusão somassem 170 mil milhões de euros, com um lucro operacional de mais de 10 mil milhões de euros e um lucro líquido de mais de 8 mil milhões de euros.

Fruto dos benefícios de escala, do investimento nos carros eléctricos e nesta convergência de plataformas, a FCA estima que aumentem as sinergias e as parcerias externas, incluindo as regalias das mesmas (mais de 5 mil milhões de euros).

Notícia atualizada às 12h31

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