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Cápsula do tempo: Cahora Bassa, o antigo símbolo do império

Em 2 de maio de 1984, Portugal, África do Sul e Moçambique assinam o acordo tripartido sobre a Barragem de Cahora Bassa.
2 Maio 2017, 07h57

A sua constituição como sociedade detida pelos estados português e moçambicano, no dia 23 de junho de 1975, resultou dos Acordos de Lusaca assinados em setembro do ano anterior, para a independência de Moçambique.

A operação comercial da barragem teve início em 1977, com a transmissão dos primeiros 960 megawatts produzidos por três geradores – tendo a África do Sul como um dos principais clientes.

A barragem situa-se no Rio Zambeze, na província de Tete. A origem do nome deve-se ao facto de “Kahoura-Bassa”, em idioma bantu, significar “acabou o trabalho”, pois o rio deixa de ser navegável a partir deste ponto.

Um acordo de reversão assinado em 2007, entre os governos de Lisboa e Maputo permitiu a transferência para Moçambique de 85% das ações da barragem (por 760 milhões de euros), bem como a sua gestão efetiva, reduzindo a participação de Portugal para 15%.

Em Abril de 2012, Portugal vendeu os restantes 15% da participação que detinha, por 74 milhões de euros. Na época, o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, reuniu-se com o Presidente Armando Guebuza, em Maputo, para assinar a venda, em partes iguais, daquela participação, a uma empresa moçambicana e à REN.

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