Imunidade de grupo poderá ser atingida no início do verão, prevê Governo (com áudio)

O Secretário de Estado da Saúde estima que, caso o ritmo de chegada de vacinas se mantenha, Portugal poderá atingir a imunidade de grupo no início de verão.

“As perspetivas para atingir a imunidade de grupo é durante o verão”, começou por referir aos jornalistas, esta segunda-feira, em Portimão onde presidiu a inauguração do centro de vacinação. “Algumas indicações, e caso as vacinas continuem a chegar a um bom ritmo, possamos atingir mais no inicio do verão do que no final do verão”.

A afirmação foi dita numa altura em que Portugal está “perto de atingir os 3 milhões de doses”, sendo que 2,2 já tomaram a primeira dose e 826 mil portugueses já têm a vacinação completa. “A percentagem da população adulta vacinada no continente não deve andar longe dos 20% isto quer dizer uma pessoa em cada quatro”, adiantou o responsável.

Segundo o calendário da Direção Geral da Saúde e do Ministério da Saúde, Portugal já recebeu as primeiras 31.200 doses da vacina da Johnson & Johnson e espera receber, até ao final deste mês, mais 86.400 doses desta vacina de toma única. Até ao final do segundo trimestre, a farmacêutica norte-americana enviará para o país cerca de 1,25 milhões de doses e até ao final do ano 4,5 milhões de doses.

“Nós gostamos pouco de dar metas especificas porque já fomos surpreendidos com notícias sobre a vacinação”, admitiu, garantindo, no entanto, que o esforço para atingir essa meta continuará a ser feito. “Costumo dizer: vacina chegada é vacina dada, e continuamos a fazer isso. Se as previsões se concretizarem, então durante o verão, mais para o início do que para o final, chegaremos às 70% das pessoas vacinadas.”

Esta segunda-feira, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) divulgou os resultados do segundo inquérito serológico nacional que dava conta que 15,5% da população já apresenta anticorpos, sendo que 13,5% foi conferida por infeção.

Questionado sobre se esse valor é insuficiente, o governante descarta a hipótese, argumentando ser “um numero bastante relevante”.

“Desses 15,5% a grande maioria são de pessoas que já tiveram a doença, 0,2 pontos percentuais são de pessoas já vacinadas, entre fevereiro e março deste ano. Será muito mais depois de abril, maio e junho e quando chegarmos ao limiar de vacinação que queremos chegar”. adiantou.