Direitos de “Senhor dos Anéis” e outras obras de J.R.R. Tolkien à venda

Os direitos de obras do autor J.R.R. Tolkien vão agora a leilão, depois da Saul Zaentz Co. ter decidido vender as suas participações, avança a “Variety”. Assim, filmes, jogos, eventos e merchandising de “Senhor dos Anéis” ou d’”O Hobbit” e de outros títulos do autor vão ser colocados à venda e qualquer um pode adquiri-los, ainda que se estime um negócio milionário.

A Zaentz contratou o ACF Investment Bank para lidar com todo o processo da venda dos direitos e a empresa já se encontra a reunir com potenciais compradores da zona de Hollywood. Estimativas iniciam apontam que toda a propriedade de Tolkien arrecade um mínimo de dois mil milhões de dólares, tendo como base valores de produtores de conteúdos.

De acordo com a publicação, o momento da venda não foi acidental. De facto, a Amazon está a preparar-se para lançar uma longa versão da saga mais famosa do autor com o título “Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder” a 2 de setembro. Assim, a empresa de streaming está no topo da lista de candidatos para ficar com os direitos de toda a obra de Tolkien.

A participação da Zaentz permite que os novos proprietários explorem as obras de “Senhor dos Anéis” e “O Hobbit” em filmes, jogos de vídeos, merchandising, eventos ao vivo e outros conteúdos desde que tenham as obras de Tolkien como base. A participação atualmente à venda também incluiu as obras “The Silmarillion” e “The Unfinished Tales of Numenor and Middle-Earth”, publicadas após a morte de Tolkien em 1973, significando mais adaptações cinematográficas.

A “Variety” adianta que a Warner Bros, através da New Line Cinema, detém alguns direitos no desenvolvimento cinematográfico da maior obra de J.R.R. Tolkien dado a trilogia “Fellowship of the Ring” (2001), “The Two Towers” (2002) e “The Return of the King” (2003) desenvolvidas por Peter Jackson.

Saul Zaentz foi um empreendedor de música e cinema que morreu em 2017 e adquiriu os direitos da adaptação cinematográfica e outros direitos de títulos de Tolkien em 1976. Uma falha no acordo, já após a morte do autor, foi o direito a produzir uma série de televisão com mais de oito episódios, lacuna da qual a Amazon se aproveitou e fechou um acordo diretamente com a propriedade Tolkien para a série “The Rings of Power” em 2017.