A cidade de Veneza fez correr tinta recentemente – e não pelos melhores motivos. O local dos inúmeros canais e refúgio eterno dos casais assistiu a um episódio que ficou registado em várias câmaras de vigilância. Na quarta-feira passada, 3 de janeiro, dois assaltantes roubaram jóias no dia do encerramento da exposição “Tesouros dos Mogóis e dos Marajás”, que abriu em setembro no Palácio Ducal, igualmente conhecido como Palácio do Doge.
Nas vitrinas nas quais os dois indivíduos estavam interessados estavam expostas 270 jóias e pedras preciosas da coleção Al Thani, da família real do Qatar, no valor de, pelo menos, 30 mil euros. No entanto, as autoridades italianas salientam que as peças roubadas da ‘Sala della Scrutinio’ deverão valer largos milhões de euros, à cotação real.
Os assaltantes conseguiram levar os artigos do monumento de estilo gótico veneziano, retirando, por exemplo, um alfinete com um diamante de dez quilates (no valor de cerca de um milhão e meio de euros) e um par de brincos com diamantes e rubis (no valor de cerca de dois milhões de euros), conforme noticiou o jornal italiano “Il Gazzettino”.
O alarme? Nem um ‘piu’. Os assaltantes conseguiram fugir sem que o aparelho desse sinal a tempo. Os investigadores pensam que os dois ladrões fazem parte de um grupo internacional altamente organizado e que foram ajudados por alguns cúmplices na fuga.
“Os peritos da polícia de Roma foram chamados imediatamente para ajudar a investigar o roubo. É essencial perceber o que não funcionou e por que motivo uma vitrina foi aberta como se fosse uma caixa enquanto o alarme, se funcionou, tocou com atraso”, explicou o comissário Vito Gagliardi ao “Corriere del Veneto”.
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