A economia portuguesa, hoje dominada por uma euforia de crescimento contagiante, mostra-se alheia às contrariedades e desafia qualquer previsão de muito curto prazo.
A previsão para o curto prazo é encorajadora, mas os dados que se apontam para os anos seguintes são um aviso para executarmos as reformas consideradas indispensáveis e aplicar devidamente os fundos disponíveis.
Um dos fatores para a definição de políticas é se esta inflação é mais conjuntural ou mais estrutural. Uma parte dela, pequena, é controlada pelos decisores políticos. Mas o resto é um exercício complicado de adivinhação.
Mais de mil mortos por explicar em apenas duas semanas deveriam gerar mais inquietação. Não estivemos meses em confinamento para defender os mais vulneráveis? Qual o motivo para, agora, esse objetivo se ter tornado irrelevante?
São cada vez mais os analistas, nomeadamente aqueles que gostam de ver mais à frente, que começam a ficar preocupados com o que poderá acontecer a partir de 2023.