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10% das famílias mais ricas em Portugal detêm 54% da riqueza total

As casas são os ativos mais importantes das famílias, representando 87,7% do total de ativos. Já as 50% de famílias com menor riqueza detém 8% da riqueza do país.
  • Andreas Brücker/Unsplash
13 Novembro 2019, 11h08

As famílias portuguesas de todas as classes viram aumentar a sua riqueza média líquida entre 2013 e 2017. No entanto, os mais ricos continuam a deter a maioria da riqueza no país: 10% das famílias mais ricas em Portugal detêm 53,9% da riqueza total, segundo dados do Banco de Portugal (BdP) e do Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Estes dados ilustram a forte assimetria que carateriza a distribuição da riqueza, a qual é mais elevada do que se observa para o rendimento”, segundo o BdP/INE.

O BdP/INE explicam que a riqueza líquida de uma família corresponde à diferença entre o valor dos seus ativos e o das suas dívidas.

A riqueza líquida média das famílias era de 162,3 mil euros em 2017, com a mediana a atingir os 74,8 mil euros.

Entre 2013 e 2017, a riqueza líquida por família aumentou 13,2% em termos médios e 10% em termos medianos.

As casas são os ativos mais importantes das famílias, representando 87,7% do total de ativos. Nos ativos financeiros, os “depósitos à ordem são o ativo com maior peso para as famílias da classe de riqueza líquida mais baixa e os depósitos a prazo para as famílias das restantes classe”, destaca o BdP/INE.

“Considerando a distribuição de riqueza líquida tendo por base um conjunto de características das famílias, verifica-se que aquela é mais elevadas nas famílias que têm uma maior nível de rendimento, nas famílias em que o indivíduo de referência é trabalhador por conta própria ou completou o ensino superior”, segundo o BdP/INE.

“Pelo contrário, a riqueza líquida atinge valores mínimos nas famílias em que o indivíduo de referência tem uma idade inferior a 35 anos ou naquelas em que se encontra desempregado”, de acordo com o documento.

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