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20 anos da Bolsa: “Praça financeira é essencial para transformar Cabo Verde num centro internacional de negócios”

O presidente do Parlamento cabo-verdiano, Jorge Santos, fez esta observação ao presidir o acto de abertura da quinta edição do “Fórum 20 anos da Bolsa”, que decorre na Cidade da Praia, subordinado ao tema “O país plataforma: as ligações à Europa. O mercado potencial da CEDEAO”.
11 Maio 2018, 22h58

Jorge Santos sublinhou que nos seus 20 anos, a Bolsa de Valores de Cabo Verde “vincou” e presta um “serviço inestimável” à economia do país, com prespetiva de um “futuro sustentável”.

“O grande desafio é transformar Cabo Verde num centro internacional de negócios a curto e médio prazos. A criação da praça financeira é um elemento essencial deste desafio, em que a Bolsa de Valores desempenha um papel importante e estruturante”, disse, notando que a existência da praça financeira determina um conjunto de efeitos económicos para o arquipélago.

Esses efeitos estão relacionados com os domínios de financiamento de empresas e projeto, da circulação de capitais, da internacionalização da economia cabo-verdiana, da afirmação da centralidade atlântica de Cabo Verde e da criação de emprego qualificado que é o “grande desafio” do país, conforme Jorge Santos.

Para cumprir esse papel, o presidente da Assembleia Nacional frisou que é preciso que a Bolsa de Valores de Cabo Verde se internacionalize para o espaço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), para a região da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e para a União Europeia (UE).

No seu entender, para que o país se posicione e se afirme como uma plataforma de circulação de serviços no Atlântico médio, é preciso tirar vantagens do seu posicionamento estratégico, principalmente no contexto africano, sendo que para tal pressupõe prestações de serviços em vários sectores, como nos transportes, no turismo, na indústria, no comércio internacional, nas tecnologias e inovação, entre outros.

“Prevejo para a nossa Bolsa um futuro promissor e um importante papel no desenvolvimento económico do país. Estou convencido de que ela tem hoje todas as condições para se consolidar, para se desenvolver e se afirmar perante a sociedade como um instrumento fundamental ao serviço das empresas, dos empresários e da economia”, asseverou.

Por sua vez, ao dar as boas-vindas aos convidados, o presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde, Manuel Lima, salientou que nesses 20 anos de funcionamento, a instituição cresceu e os desafios que enfrenta são específicos e próprios de um mercado pequeno, mas superáveis, como por exemplo, da internacionalização do mercado.

Para Manuel Lima, a confiança é o ativo “mais importante” para uma instituição, algo que, segundo ele, a Bolsa de Valores conseguiu alcançar nessas duas décadas, assim como o compromisso, a segurança e a transparência, mas que vai continuar a lutar para fazer a diferença e inovar.

O fórum de hoje, que vai ter o encerramento presidido pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, tem como subtemas: “Bolsa, mercado de capitais e economia”, “A experiência no mercado de capitais” “Cabo Verde enquanto Plataforma Financeira – As ligações à Europa. O mercado potencial da CEDEAO”.

Entre os conferencistas estão a professora associada da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa Maria Eugenia Mata, o presidente da Euronext Lisboa, Paulo Rodrigues da Silva, o presidente do West African Capital Markets Integration Council (WACMIC) e CEO do Bource Régionale des Valeurs Mebilières (BRVM), Edoh Kossi Amenounve, e o secretário de Estado das Finanças, Gilberto Barros.

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