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20 anos do Acordo Cambial. Cabo Verde pode chegar a “uma quase integração económica” com a zona euro

O Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, considerou esta quarta-feira, 23, que Cabo Verde pode chegar a “uma quase integração económica” com a zona euro.
24 Maio 2018, 13h27

O chefe do executivo cabo-verdiano falava à margem da abertura do congresso internacional de economia cabo-verdiano sobre os 20 anos do Acordo Cambial, organizado pelo Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Socias.

Passados 20 anos da assinatura do Acordo de Cooperação Cambial, assinado entre Portugal e Cabo Verde, o Primeiro-ministro diz que a avaliação do acordo é “positiva”, por ter introduzido “um fator estruturante de credibilidade e de confiança à economia cabo-verdiana”.

Ulisses Correia e Silva defende que este é um acordo para “renovar e aprofundar” e que Cabo Verde poderá chegar a uma quase integração na zona euro

“Podemos ir à quase integração económica na zona euro. Cabo Verde, como uma pequena economia, precisa estar inserido em espaços económicos dinâmicos e a zona euro é um desses espaços. Precisamos de garantir estabilidade e confiança e a moeda é um dos elementos dessa confiança”

O Primeiro-ministro afirma que é uma “quase integração” porque Cabo Verde não pertence a zona europeu e que não existe “contradição” entre o fato do país estar ancorado ao euro e pertencer a Comunidade Económica de Estados da África Ocidental-CEDEAO.

Questionado sobre a possibilidade de Cabo Verde vir a pertencer a dois espaços monetários, respondeu que este um assunto a ser equacionado quando se colocar.

“Primeiro não há moeda única na CEDEAO, mas apenas uma intenção. Estamos na CEDEO para defender as especificidades de uma pequena economia que tem já uma longa relação com a Europa, mais de 80% das nossas relações comercias, a nível do comércio, investimentos e turismo, são com a Europa” afirmou o Primeiro-ministro.

O Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Socias convidou especialistas portugueses e cabo-verdianos para debater o Acordo de Cooperação Cambial, que segundo a organização contribui para a promoção da estabilidade macor-economica do país, nomeadamente através da convergência da inflação para os níveis da zona euro e ainda abertura da economia ao exterior.

O Acordo de Cooperação Cambial que viabilizou a paridade fixa do escudo cabo-verdiano ao euro, foi assinado em março de 1998, na cidade da Praia,  entre o Ministro das Finanças de Portugal, Sousa Franco, e de Coordenação Economia de Cabo Verde, Gualberto do Rosário.

 

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