[weglot_switcher]

25 de abril: “Falta aprofundar o desenvolvimento e a democracia”, diz Vasco Lourenço

Vasco Lourenço diz ao Jornal Económico que, mais de quatro décadas depois, dos três “D” porque que foi feita a revolução há caminho para ser feito, para aprofundamento do que foi conquistado.
25 Abril 2018, 09h30

Histórico da “Revolução dos Cravos” e presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço diz ao Jornal Económico que, mais de quatro décadas depois, dos três “D” porque que foi feita a revolução há caminho para ser feito, para aprofundamento do que foi conquistado.

Quando se comemoram, esta quarta-feira, 44 anos desde a revolução que pôs fim ao Estado Novo, Vasco Lourenço diz que foi integralmente cumprido apenas um dos três “D” previstos no manifesto do Movimento das Forças Armadas, a “descolonização”.

“A descolonização está feita”, afirma, para de seguida acrescentar que “a democracia, é necessário aprofundá-la mais”.

“Mesmo com os seus defeitos, [a democracia] ainda vai funcionando, mas é preciso aprofundá-la mais”, defende.

Crítico do governo de coligação PSD/CDS, não participou com a Associação 25 de Abril nas comemorações dos aniversários da revolução, durante quatro anos seguidos, recusando o convite para estar presente na sessão solene da Assembleia da República, entre 2012 e 2015, justificando a ausência com os “crescentes e continuados desvios às esperanças e valores de Abril”.

Voltou a participar em 2016, já convidado por Eduardo Ferro Rodrigues, que tinha sido eleito presidente da Assembleia da República, no quadro de um governo PS apoiado pela esquerda parlamentar.

Mesmo assim, diz ao JE que o “D” de “desenvolvimento” precisa de maior atenção. “O desenvolvimento, é preciso aprofundá-lo ainda mais do que a democracia, porque falta fazer muita coisa a vários níveis”, aponta.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.