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TACV. Trabalhadores manifestam-se esta quinta-feira com ameaça de greve geral

Os trabalhadores da TACV vão manifestar-se esta quinta-feira, 15, em frente à sede da empresa. Se a administração não ceder às suas reivindicações ameaçam convocar uma greve geral. O ministro do Turismo e Transportes e ministro da Economia Marítima já reagiu considerando que seria “infeliz” haver protestos quando se está à procura de “melhores soluções possíveis” para a companhia.
14 Março 2018, 12h40

De acordo com o Sindicato de Transportes, Telecomunicações, Hotelaria e Turismo (Sitthur), a decisão saiu de uma assembleia de trabalhadores, realizada sábado, com o objectivo de avaliar a situação dos processos de reestruturação da TACV.
A proposta de indeminização apresentada pela empresa para a rescisão por mutuo acordo, o programa de pré-reforma, as condições para transferência de trabalhadores para ilha do Sal e as ameaças de despedimento, foram os assuntos debatidos durante a assembleia.
Em comunicado o Sitthur diz que durante a reunião constatou-se “a existência, neste momento, de um clima de grande descontentamento e revolta no seio dos trabalhadores, por causa das medidas que estão a ser tomadas pela administração da empresa, ignorando completamente os trabalhadores e os seus representantes”.
“Constatou-se ainda, existência de um ambiente de grande pressão, de ameaças e de intimidação dos trabalhadores por parte dos responsáveis da empresa, no sentido de impor, à força as suas medidas”, refere a mesma fonte.
Relativamente a proposta de 25/27 dias de salários de indeminização, o Sitthur informa que foi “liminarmente rejeitada, pelos trabalhadores, por ser irrisória, injusta e carecer de suporte legal”.
Durante a reunião os trabalhadores insistiram na reabertura, urgente do programa de pré-reforma e no cumprimento dos compromissos assumidos pela administração da empresa perante o sindicato. O comunicado diz também que os trabalhadores não aceitam ser transferidos para ilha do Sal, sem que, previamente sejam discutidos e acordadas as condições para a transferência.
Na reunião foi ainda incumbido o Sitthur de contactar os sindicatos dos pilotos e do Pessoal Navegante de Cabine (PNC), sobre as propostas de acções a desenvolver e a sua participação. Os trabalhadores incumbiram igualmente o Sitthur de contactar os sindicatos das outras ilhas, no sentido do envolvimento dos trabalhadores nas várias acções a serem desencadeadas.

Em reacção, o ministro do Turismo e Transportes e ministro da Economia Marítima considerou que seria “infeliz” haver uma manifestação dos trabalhadores dos TACV quando se está à procura de “melhores soluções possíveis” para a companhia.

“Seria infeliz, neste momento que estamos à procura de melhores soluções possíveis e com grande potencial futuro da nossa companhia em termos de um hub aéreo, negócio que nunca poderíamos ter imaginado, que haja desentendimento por via de manifestação”, precisou José Gonçalves.

Entretanto, o governante realçou que Cabo Verde é um país de democracia e as pessoas estão no direito de manifestarem o seu desacordo, desde que estejam a cumprir com as leis e normas, mas que o seu desejo é que “toda a ansiedade em torno de uma solução dos TACV seja minimizada”.
“Queremos que haja uma nova imagem e que venhamos realmente a trabalhar em conjunto e resolver o problema. Espero que entre a administração dos TACV e os trabalhadores haja um entendimento para ultrapassar essas dificuldades”, sublinhou.
Foto: Inforpress
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