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5G: Dense Air vai dar “grande contributo” ao desenvolvimento nacional, defende Pedro Nuno Santos

Pedro Nuno Santos falava à Lusa e RTP na sede da Dense Air, em Lisboa, após a primeira videochamada 5G [tecnologia de quinta geração] na inauguração da rede daquela empresa e reunião com os responsáveis.
  • Pedro Nuno Santos
23 Setembro 2020, 20h02

O ministro das Infraestruturas afirmou hoje que o 5G é uma tecnologia que abre um “conjunto amplo de oportunidades” de diversos setores e a Dense Air vai operar no mercado grossista e dar “grande contributo” ao desenvolvimento.

Pedro Nuno Santos falava à Lusa e RTP na sede da Dense Air, em Lisboa, após a primeira videochamada 5G [tecnologia de quinta geração] na inauguração da rede daquela empresa e reunião com os responsáveis.

“Foi um momento importante, foi a primeira chamada internacional em 5G que eu tive a oportunidade de participar e, obviamente à escala daquilo que nós estamos a falar – que é uma chamada internacional -, percebermos, até por um teste de velocidade que foi feito, de qual é o potencial que o 5G pode ter para Portugal e para a nossa economia”, acrescentou o ministro das Infraestruturas e da Habitação.

“A Dense Air é uma empresa que vai operar no mercado grossista e que, obviamente, no quadro do seu investimento e da sua estratégia vai também participar e dar um grande contributo ao desenvolvimento nacional” da tecnologia, salientou o governante.

“Esta é uma tecnologia que vai abrir um conjunto muito amplo de oportunidades dos mais diversos setores e nós precisamos de a agarrar o mais depressa possível e com todas as empresas interessadas em investir em Portugal, a Dense Air é uma delas”, prosseguiu.

“Ficámos muito contentes com esta oportunidade que tivemos de fazer esta primeira chamada internacional através do 5G”, referiu Pedro Nuno Santos.

Questionado sobre se o leilão de 5G arranca em outubro, o ministro não se comprometeu com datas, recordando que a pandemia levou a um adiamento dos prazos anteriormente estabelecidos.

“Julgo que nos próximos tempos nós poderemos, o mais depressa possível, lançarmos o leilão”, prosseguiu.

“Temos o regulamento [do leilão] para fechar, julgo que nos próximos dias, semanas, não quero estar a criar falsas expectativas, mas em breve fecharemos o regulamento com a Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações] e estaremos em condições de lançar o leilão”, acrescentou Pedro Nuno Santos.

“E, a partir daí, as empresas que ganharem as licenças começarem a fazer o investimento, embora todos os três operadores mais a Dense Air já têm feito investimento e preparação para o leilão e para o que aí vem em matéria de investimento no 5G”, disse.

Sobre o impacto da pandemia, o governante referiu que esta “veio mostrar” que a tecnologia, não só o 5G, mas “as indústrias das telecomunicações têm um papel importantíssimo a dar na forma” de como se organiza e se trabalha.

“E a falta que nos faz não só do ponto de vista do trabalho, mas quando começamos a pensar nas potencialidades que poderemos ter ao nível da saúde”, e “percebermos também a importância” que as telecomunicações e o 5G poderão “ter na forma como a economia se organiza, nas forma como as nossas empresas trabalham e como nós vivemos”, apontou.

“Por isso, se a pandemia teve algum impacto, e teve, foi exatamente para percebermos a urgência e a necessidade desta tecnologia e por isso a necessidade de acelerarmos”, considerou o governante.

“Esperamos que, no mais tardar no início do ano, o leilão esteja lançado, se não antes”, rematou Pedro Nuno Santos.

Questionado se Portugal poderá ficar ‘para trás’ no arranque da tecnologia 5G, face aos seus pares europeus, o ministro asseverou que não.

“Naquilo que é verdadeiramente relevante, e a pandemia atingiu-nos a todos e teve impacto em todos os países (…), nós não vamos estar atrasados e temos indústria, temos academia, temos economia que vai conseguir aproveitar a tecnologia de 5G”, conclui o ministro.

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