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5G. Propostas dos operadores rondam os 193 milhões no quarto dia do leilão

O quarto dia da licitação principal do leilão 5G contou com cinco rondas e os operadores fizeram propostas de cerca de 193 milhões de euros, de acordo com os dados divulgados na terça-feira no ‘site’ do regulador Anacom.
20 Janeiro 2021, 11h48

A licitação principal inclui os operadores Altice Portugal (Meo), Nos, Vodafone Portugal e também a Dense Air e visa a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz, depois de uma primeira fase exclusiva para novos entrantes.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) adianta, no seu ‘site’, que “tiveram lugar cinco rondas” no quarto dia de licitação.

No terceiro dia de licitação, as propostas rondaram os 189 milhões de euros, contra 184 milhões no segundo dia e 180 milhões no arranque.

Na sessão de hoje, só um lote da faixa libertada da TDT (700 MHz) é que não teve qualquer oferta.

Na faixa de 700 MHz, o preço de licitação manteve-se nos 19,2 milhões de euros, sendo que um lote continua sem qualquer oferta. Ao todo, as ofertas totalizam 96 milhões de euros.

Também na faiza 900 MHz, os quatro lotes disponíveis não registaram alteração ao preço de reserva, com a oferta dos operadores a manter-se nos 24 milhões de euros.

A faixa de 2,1 GHz, que era até segunda-feira a que tinha apresentado maior interesse, com a oferta a atingir os 10,405 milhões euros (preço base era de dois milhões de euros), manteve hoje o mesmo valor.

Na faixa 2,6 GHz, dos três lotes disponíveis, um destacou-se hoje ao subir mais de um milhão de euros para 4,364 milhões de euros, contra um preço de reserva de três milhões. Os três lotes totalizaram 11,784 milhões de euros.

A faixa 3,6 GHz, com 40 lotes, totalizou 50,976 milhões de euros.

Os dois lotes que desde o arranque não tinham registado qualquer tipo de oferta foram hoje licitados.

Alguns dos lotes mantiveram o mesmo valor de oferta, enquanto outros registaram ligeiras alterações.

Em fase anterior, tinha decorrido a licitação para os novos entrantes, durante oito dias, que resultou num encaixe de 84 milhões de euros no último dia (11 de janeiro).

O montante final encaixado com o leilão depende dos lotes que forem atribuídos durante o processo e se são adquiridos pelo preço de reserva, sendo que a Anacom aponta para receitas de cerca de 237,9 milhões de euros.

Não existe informação oficial de quem licitou.

Os novos entrantes podem beneficiar de ‘roaming’ nacional no acesso às redes dos operadores já instalados, independentemente da qualidade de espectro que adquiram, de acordo com as condições do leilão.

O processo tem sido bastante contestado pelas operadoras históricas, envolvendo processos judiciais, providências cautelares e queixas a Bruxelas, considerando que o regulamento tem medidas “ilegais” e “discriminatórias”, o que incentiva ao desinvestimento.

As licenças do 5G serão atribuídas durante o primeiro trimestre deste ano.

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