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85% da indústria portuguesa aceita prazos de pagamento mais alargados

No setor da Indústria, o prazo médio de pagamento concedido ao setor público em Portugal é 50% superior ao da Europa.
9 Fevereiro 2018, 15h04

Em Portugal 85% das empresas do setor industrial aceita prazos de pagamento mais alargados, enquanto na Europa apenas 11% aceita. Estes números constam no “EPR 2017 Industry White Paper”, estudo da Intrum Justitia que inquiriu mais de 10 mil empresas de 29 países europeus.

Apesar de se focar na indústria, o estudo não deixa de sublinhar que os prazos de pagamentos mais alargados estão a ter consequências negativas para as empresas de todos os setores, sendo que alguns setores são mais vulneráveis aos atrasos de pagamentos do que outros.

A questão do “pagamento tardio” no setor da indústria, segundo esclarece Luis Salvaterra, diretor geral da Intrum Justitia, é “comum” e é possível verificar, por um lado, um aumento do risco por toda a Europa e, por outro, da pressão para que as empresas aceitem prazos de pagamento mais longos. “Uma situação que, a manter-se, é preocupante e os atrasos de pagamentos têm várias consequências negativas na estabilidade e saúde financeira das empresas”, reforça o responsável.

No setor da Indústria, o prazo médio de pagamento concedido ao setor público em Portugal é 50% superior ao da Europa, e mesmo assim, o prazo médio de pagamento é largamente ultrapassado, com uma demora em média de 106 dias para liquidar as suas dívidas, uma média bem superior à da Europa que demora apenas 49 dias.

Sobre as principais causas dos atrasos de pagamento, 72% das empresas europeias pesquisadas apontam as dificuldades financeiras e 63% indicam o atraso de pagamento intencional como uma das principais causas e quase um quarto das empresas de todos os setores analisados garante que um pagamento mais célere permitiria investir na criação de novos postos de trabalho.

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