A maioria do capital da Brisa está à venda. O grupo José de Mello e o fundo Arcus colocaram à venda 80% do capital da concessionária de auto-estradas (40% cada um) no final de outubro.
Apesar de deixar de controlar a empresa, o grupo José de Mello pretende ainda ficar com uma participação de 20%, devendo a operação estar concluída até ao final de 2020, como avançou o Negócios em outubro.
Segundo avançou o El Economista este mês, duas empresas espanholas, Abertis e Globalvia, estão de olho na companhia portuguesa. O negócio pode ficar fechado por 1.450 milhões de euros, de acordo com o jornal espanhol.
Odia 19 de dezembro era a data limite para os interessados apresentarem as suas propostas não vinculativas pelos 80% da empresa.
Segundo a imprensa espanhola, a Globalvia já tinha dado como certa a apresentação de uma proposta, enquanto a Abertis ainda não tinha fechado se ia a jogo.
A Brisa opera um total de 1.628 quilómetros em Portugal, em 17 autoestradas, seis Itinerários Complementares (IC) e seis Estradas Nacionais (EN). As autoestradas são exploradas em regime de concessão através de seis concessões rodoviárias, participadas pela Brisa.
A Brisa é detida em 30% pelo grupo José de Mello, em 19% pela Arcus e em 40% pela Tagus. Por sua vez, a Tagus é detida em 55% pela Brisa e em 45% pela Arcus.
Como escreveu o JE no início de dezembro, o negócio pode render mais de 2,2 mil milhões de euros e contava com vários potenciais interessados, entre concessionárias de autoestradas, fundos de infraestruturas e fundos de pensões.
Uma questão que tem estado na ordem do dia na Brisa é o diferendo que opõe a concessionária a fundos credores das concessões Douro Litoral e Brisal e que dura desde o início deste ano.Apesar de ter sido anunciado um acordo de princípio em agosto, a Brisa disse agora que as negociações ainda estão a decorrer.
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com