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“A CGD não foi gerida de forma sã e prudente”, diz João Almeida

No relatório, apresentado esta segunda-feira, por João Almeida, deputado do CDS-PP, o relator realça que “o tratamento não foi idêntico para os vários clientes da CGD”. 
15 Julho 2019, 11h46

O projeto de relatório da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos deixa duras críticas à gestão do banco público, mas também dos supervisores. No relatório, apresentado esta segunda-feira no Parlamento por João Almeida, deputado do CDS-PP, o relator realça que “o tratamento não foi idêntico para os vários clientes da CGD”.

“A Caixa não foi gerida de forma sã e prudente na concessão de vários créditos”, sublinhou João Almeida.

O deputado centristas destacou que a CPI à CGD conclui que “as recomendações da Direcção de Risco nem sempre foram acomodadas” e que “parte significativa dos riscos que eram apontados pela DGR vieram a materializar-se”.

“Aquilo que se verificou é que muitas vezes o dialogo entre a área comercial e o risco era decidido a favor da área comercial” e que essa decisão “veio a contribuir para os riscos”, disse.

O relatório refere ainda que  “os financiamentos à aquisição de ações foram concedidos com elevados níveis de alavancagem” e que “segundo alguns depoimentos na CPI, a presença de alguns administradores nos CAC destinava-se à mera constituição de quórum, no pressuposto da confiança, sem evidência de debate ou confronto de posições, o que frustrou os resultados de alterações introduzidas na governance da CGD”.

Entre as 25 conclusões, o relatório destaca ainda que “as irregularidades detetadas pelos órgãos de controlo interno foram reportadas ao Ministério das Finanças, não existindo evidência de diligências efetuadas no sentido de as colmatar”.

https://jornaleconomico.pt/noticias/as-25-conclusoes-do-inquerito-a-caixa-a-cgd-ficou-refem-de-si-propria-467793

(Atualizado)

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