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À conquista do Espaço. De Apollo 11 a Elon Musk

Em julho de 1969, depois da alunagem da Apollo 11, a conquista do espaço tornou-se uma prioridade para alguns milionários. Elon Musk abriu uma nova era. Bezos e Branson seguiram-lhe os passos.
22 Julho 2019, 07h40

Aproximavam-se as quatro da manhã do dia 21 de Julho de 1969 (era ainda a noite de 20 de Julho nos Estados Unidos) quando os portugueses ouviram o astronauta da agência espacial norte-americana NASA a proferir a frase que o tornou célebre: “É um pequeno passo para o Homem, um salto gigantesco para a humanidade”.

Cinquenta anos depois da alunagem da Apollo 11, o que se prepara agora é a primeira missão com astronautas a Marte, que deverá acontecer em 2024. Em maio, a agência espacial norte-americana NASA anunciou que a nova missão lunar humana, ainda sem custos contabilizados, se chamará Ártemis, que, na mitologia greco-romana, era irmã gémea de Apolo e deusa da caça e da Lua.

Elon Musk explicou como pretende colonizar o “planeta vermelho”. O plano gira à volta de um foguete grande — chamado BFR — que é capaz de levar uma nave espacial até ao espaço e de a deixar em órbita. Essa nave, capaz de transportar 100 pessoas, fica em órbita enquanto que o BFR regressa à Terra.

Em 2018, o Falcon Heavy tornou-se no foguetão mais poderoso de sempre a chegar ao espaço. O voo inaugural terminou com uma aterragem perfeita dos propulsores e a euforia no quartel-general da Space X, do empresário, foi impossível de esconder.

“É acreditar no futuro. E que o futuro seja melhor do que o passado. Não consigo pensar em nada mais excitante”, disse Musk no Congresso Internacional de Astronáutico. A Space X, do milionário, tem ainda contratos com a NASA pelo valor de quase cinco mil milhões de dólares para transportar astronautas e material de logística para a Estação Espacial.

A explosão da primeira nave da Virgin Galactic que causou a morte do copiloto, em 2014, provocou um atraso no calendário definido para viajar até Marte. Para já estão vendidas cerca de 700 viagens, a 235 mil euros cada uma, e Richard Branson apresentou no verão do ano passado a nave que promete concretizar o seu objetivo.

Branson começou a vender as suas viagens orbitais – chegam à fronteira do espaço, a 100 km de altitude – em 2004. Depois de muitos testes, as viagens comerciais com passageiros estão prestes a começar. “Nunca conseguiremos construir suficientes aeronaves”, disse Branson em Hong Kong após a apresentação dos voos da Virgin Australia Holdings de Melbourne. “A procura é enorme”, acrescentou.

O outro rival é Jeff Bezos, dono da Amazon. Depois de três voos não tripulados com êxito, prevê um primeiro voo com piloto este ano e as viagens turísticas a começar nos próximos anos. “Definitivamente há espaço para nós os três”, afirmou Branson sobre os empresários concorrentes.

 

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