Ana Gomes, ex-eurodeputada socialista, reagiu este domingo à entrevista de Paulo Prada, novo presidente da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM), em que este acusou a política de ter contribuído para o facto da Comissão Europeia ter aberto um processo em que se considerava que o sistema de taxação servia para branqueamento de capitais.
“Pôr em causa o Centro Internacional de Negócios da Madeira é um insulto aos madeirenses, porque parece que nos querem ver de mão estendida a pedir esmola”, diz Paulo Prada, eleito há três meses e meio, em entrevista à agência Lusa.
Em reação no Twitter, Ana Gomes realçou que Paulo Prada “só não diz que, à conta do meu “esgravatar”, a Autoridade Tributária já recuperou para os cofres públicos 200 milhões de euros fugidos a IRC na Zona Franca da Madeira. E muito mais há a recuperar, não é Mário Centeno.
Ao menos, este reconhece! Só ñ diz é que, à conta do meu “esgravatar”, a AT já recuperou para os cofres públicos 200 milhões € fugidos a #IRC na Zona Franca da #Madeira. E muito mais há à recuperar, não é @mariofcenteno???https://t.co/lZeWIQoAbw https://t.co/bWTXgl2Lyz
— Ana Gomes (@AnaMartinsGomes) July 14, 2019
Criada em 1984 por investidores públicos e privados, a Zona Franca da Madeira, mais tarde Centro Internacional de Negócios da Madeira, tinha inicialmente quatro valências – financeira (entretanto extinta), industrial, serviços financeiros e registo de navios (MAR), que se mantém.
O CINM gerou no ano passado 121,7 milhões de euros para os cofres da região em receita fiscal, tinha 2.238 entidades licenciadas e 2.986 postos de trabalho diretos.
No primeiro semestre deste ano, o CINM apresentava mais 34 entidades licenciadas (com um total de 2.272) e o Registo Internacional de Navios cresceu em 37 unidades (33 navios e quatro iates), num total de 500 mil toneladas de arqueação bruta.
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