A sucessão de escândalos relacionados com a manipulação de fixings de taxas de juro, câmbio e matérias-primas obrigou a uma revisão conceptual e de cálculo dessas referências, com o objetivo de as credibilizar.

No caso em concreto dos indexantes de taxas de juro, foi decido descontinuar a LIBOR no final de 2021. No espaço do euro, foi decidida a substituição da EONIA pela nova taxa €STR (Euro short-term rate), baseada em transações reais.

No que diz respeito às taxas Euribor, havia algum receio de que uma eventual eliminação destas referências ou uma transformação drástica do seu método de cálculo pudesse dar origem a uma alteração significativa dos seus valores. Se do ponto de vista da evolução do mercado monetário não se vislumbrava uma subida das taxas, a mudança das regras de cálculo poderia, eventualmente, resultar em juros mais altos.

Depois de uma tentativa falhada de reformulação das Euribor em maio de 2017, a BMR (European Union Benchmarks Regulation) validou recentemente uma nova metodologia de cálculo híbrida e que está em implementação desde julho. Importa reter que o processo de revisão terminou sem que se notem alterações nos níveis e evolução dos novos indexantes. A Euribor está para ficar, agora que se encontra em conformidade com a legislação europeia.