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“A indústria digital precisa mais das mulheres do que as mulheres precisam da indústria digital”

Věra Jourová, comissária europeia para a Justiça, Consumidores e Igualdade de Género, garante que tem estado em conversações com os líderes das empresas tecnológicas para aumentar a integração das mulheres no setor. “O que me dizem é: «Não temos mulheres na pipeline». Não acredito que isso seja bem verdade”, disse aos jornalistas.
  • Comissária Europeia para a Justiça, Věra Jourová
6 Novembro 2018, 12h03

A comissária europeia para a Justiça, Consumidores e Igualdade de Género defende que se tem de “mudar” o paradigma do impacto feminino no setor tecnológico mas nega a imagem de “vítimas” que têm neste contexto laboral.

“É um assunto que temos de mudar. Estamos a reunir informação e a implementar medidas para inserir as mulheres na tecnologia. A indústria digital precisa mais das mulheres do que as mulheres precisam da indústria digital”, disse Věra Jourová aos jornalistas, na Web Summit, em Lisboa.

Em conferência de imprensa, na Altice Arena, a responsável da Comissão Europeia aplaudiu as organizações já assinaram a Carta para a Diversidade – que em Portugal conta com mais de uma centena de participantes – e explicou que tem “estado a conversar frequentemente com líderes tecnológicos”.

“O que me dizem é: «Não temos mulheres na pipeline». Não acredito que isso seja bem verdade”, defendeu, em declarações aos meios de comunicação social, esta terça-feira. “Há um movimento muito forte que é a “Diversity Charter”, que já representa 50 milhões de trabalhadores de quem assinou o memorando. Acreditamos que possa gerar resultados”, sublinhou.

Em relação à implementação do Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD) na União Europeia, Věra Jourová confessou que o “maior problema é a subestimação da necessidade de proteger dados privados”. “A vontade de proteger os dados pessoais não era muita nalguns Estados-membros”, referiu, lembrando a importância de cada um dos países da comunidade única “sentar-se à volta de uma mesa com pessoas responsáveis pelas políticas e segurança e dar-lhes seguimento”.

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