Num artigo no “Observador”, Pinto dos Santos e André Alvim disferiram um forte ataque à Iniciativa Liberal (IL). Os autores, que se assumem como liberais, rejeitam votar no novo partido por considerarem que não respeita a dignidade humana e o direito à vida. Provavelmente a IL agradece, porque a sua grande batalha nesta fase é a da notoriedade.  A IL não tem aparecido nas sondagens e é de suspeitar que o objetivo não seja eleger um eurodeputado, mas percorrer o seu caminho e divulgar a sua mensagem.

Nas caixas de comentários e nas redes sociais começou uma “inesperada” discussão acerca do que é um verdadeiro liberal. Pois bem, haverá liberais mais ou menos minarquistas, mais ou menos “austríacos”, mais ou menos informados ou estruturados. Mas todos partilharão do mesmo desejo de maior liberdade, mais livre arbítrio, com menos impostos e certamente menor intervenção por parte do Estado, nomeadamente na economia.

Em eleições europeias, uma atitude liberal pode implicar defender uma Europa que privilegie o indivíduo, ajude a garantir as suas liberdades e a igualdade de oportunidades, mas repudiar uma Europa que controle, oprima e uniformize pessoas e empresas. Os que assim pensam poderiam tomar devida nota das prioridades e perceber que perante o quadro atual vale de muito pouco ir à procura do liberal perfeito.