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A única certeza é a incerteza em Wall Street

A sessão deverá manter-se volátil até porque poucos terão apetência para manter risco extra em vésperas de fim de semana.
  • Mike Stone/Reuters
20 Março 2020, 19h31

Não é certamente surpreendente a forma como a sessão de sexta-feira está a decorrer.

A volatilidade e a incerteza continuam de mãos dadas sendo praticamente impossível prever qual o desfecho final dos índices norte-americanos, não apenas devido às incógnitas presentes sobre as questões económicas e empresariais, mas porque o sentimento do mercado está demasiado susceptível a qualquer notícia sobre o impacto da epidemia de coronavírus, como a decisão do Governador de Nova Iorque em restringir a 100% todo o trabalho não essencial. Ou seja, tudo o que não seja sectores na linha da frente do combate ou de retalho de bens essenciais.

O anúncio foi o suficiente para Wall Street regressar ao vermelho depois de uma breve passagem por esse território logo após a abertura, colocando em risco a possibilidade do S&P 500 conseguir valorizar em dois dias consecutivos, o que já não sucede há seis semanas, tal tem sido a força da pressão vendedora e a instabilidade no sentimento.

Assim como na sessão de ontem, as tecnológicas continuam a demonstrar alguma força relativa, com o Nasdaq a ceder menos terreno que os demais, enquanto nos sectores do S&P 500 se regista uma procura selectiva por activos refúgio, que está a beneficiar as retalhistas de produtos essenciais e as imobiliárias, deixando de parte as utilities que são mesmo um dos grupos com pior desempenho.

Destaque para as energéticas que para já conseguem manter um ganho marginal em linha com a ligeira valorização do preço do petróleo que no Brent segue a valer $28,60 por barril, um pouco acima dos $25,6 que vale o WTI, depois deste último ter atingido o nível dos $20 na quarta-feira. A sessão deverá manter-se volátil até porque poucos terão apetência para manter risco extra em vésperas de fim de semana.

O gráfico de hoje é da Adobe, o time-frame é de 5 minutos.

 

 

Uma situação típica de quebra de canal, quando após um movimentos e subida, o activo começa a fazer um movimento de “escadinha” (seta laranja) que ameaça partir o canal, até que parte mesmo

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