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Abanca obtém lucro de 155 milhões no primeiro trimestre

A instituição galega adianta que os resultados foram suportados por um aumento significativo da margem recorrente. A melhoria da qualidade da carteira foi uma das estratégias do trimestre.
10 Maio 2018, 17h05

O banco Abanca obteve um resultado líquido de 155,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2018, mais 1,5% que no mesmo período do ano anterior, refere a instituição. Este resultado foi suportado por um aumento significativo na margem recorrente, que cresceu 13,4%.

A atividade do banco nos três primeiros suportou a melhoria de qualidade da carteira, com uma taxa de malparado de 4,6%; o reforço da solvência, com um rácio capital de 15,6% e uma folga de 2.015 milhões de euros sobre os requerimentos, e o incremento da atividade comercial.

Nos primeiros três meses do ano, o Abanca continuou a aprofundar a aposta no processo de digitalização, refletida “na melhoria contínua dos índices de satisfação do cliente”.

A margem financeira cresceu 14,9% graças à melhoria contínua da margem comercial. “Essa melhoria é fundamentalmente baseada no segmento de retalho, que representa o centro do negócio da entidade”, refere a instituição.

As receitas com comissões aumentaram 9,1%, fruto do crescimento da comercialização de fundos, produtos de previdência e capitalização e seguros gerais, cuja contribuição aumentou em 22,3%, “tal como o bom desempenho dos serviços bancários que geraram 10,5% de ganhos”. A melhoria na margem financeira foi de 13,4% face ao mesmo período de 2017.

Por outro lado, o Abanca registou um crescimento no volume de negócio entre janeiro e março, totalizando 66.607 milhões de euros. Os empréstimos a clientes cresceram 5,9% para 27.841 milhões de euros. A estrutura da carteira coloca as famílias com 51% do total, e as empresas com 37%, como os principais destinatários do financiamento concedidos pela entidade.

Este crescimento do crédito foi acompanhado por um aumento nos recursos de clientes de 8,3%, graças principalmente “ao aumento dos saldos à ordem e à contratação de produtos fora do balanço, especialmente fundos de investimento”. Os depósitos, que compõem o núcleo da estrutura de financiamento da entidade, cresceram 6,4% graças, entre outros fatores, ao aumento de 4,6% de novos clientes e à captação de 63 mil novas domiciliações de ordenado.

O Abanca também obteve um forte crescimento na venda de produtos fora do balanço, cujo portfólio ultrapassa agora 6.300 milhões de euros. A comercialização de fundos de investimento, planos de pensões e seguros de poupança cresceu 19,2% em relação ao ano anterior e permitiu que a entidade aumentasse as suas participações no mercado nacional nos três produtos. Por outro lado, a nova produção de seguros cresceu 6,6%. Os seguros de empresas cresceram 38%, de saúde 37%, os seguros de vida 9%, e os residenciais 7%.

No final de março, a instituição registou uma redução interanual de 30,3% no crédito malparado, para 4,6%. O rácio de cobertura total de ativos duvidosos e adjudicados situa-se em 56,6%. Assim o Abanca regista um rácio CET1 de 15,6%, e tem um excesso de capital sobre as exigências do BCE estimado em 2.015 milhões de euros.

Recorde-se que, no primeiro trimestre do ano, o Abanca fechou o acordo para a aquisição da unidade de banca de particulares de Deutsche Bank Private & Commercial Client Portugal.

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