A performance assinável do turismo nacional, repleta de recordes e distinções internacionais, nos últimos anos, enfrenta hoje algumas condicionantes que podem trazer, já no próximo ano, uma realidade menos feliz e de forte impacto na economia portuguesa.
Em jeito de balde de água fria, num verão pouco quente que em nada tem ajudado os resultados deste ano, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou os números do setor referentes a 2018, os quais, comparados com os do ano anterior, espelham um claro abrandamento da trajetória ascendente.
Particularmente na atividade do setor do alojamento turístico, evidencia-se, desde logo, o número de hóspedes que totalizou 25,2 milhões, num aumento de 5,1%, bem como as dormidas que atingiram 67,7 milhões, num crescimento de 3,1%. Contudo, em 2017, estes aumentos foram de 12,9% e 10,8%, respetivamente. Se por um lado, o mercado interno assegurou 19,9 milhões de dormidas (29,4% do total) e evidenciou um aumento de 6,5% em 2018, quando no ano anterior havia crescido 7,3%, as dormidas dos mercados externos (70,6% do total) registaram um crescimento significativamente inferior de 1,8%, após um impulso de 12,2% no ano precedente, tendo atingido os 47,8 milhões.
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