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Ação climática reúne seis ministros e 16 especialistas no Porto

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, preside à conferência e à primeira mesa redonda sobre a ação climática na recuperação económica, onde vão participar ainda António Costa Silva, Sofia Santos, Francisco Ferreira e Teresa Sá Marques.
28 Setembro 2020, 07h35

A conferência sobre os desafios estratégicos na ação climática vai reunir hoje, dia 28 de setembro, no Porto, seis ministros e 16 especialistas da área.

A conferência realiza-se a partir das 09 horas da manhã e terá lugar na Alfândega do Porto.

“O Ministério do Ambiente e da Ação Climática organiza segunda-feira, 28 de setembro, na Alfândega do Porto, a conferência ‘Ação Climática – Desafios Estratégicos’, na qual participam 16 especialistas e os ministros que tutelam as pastas dos principais temas em debate: o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes; o Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira; o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva; o Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho; a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes; e o Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos”, adianta um comunicado do ministério liderado por João Pedro Matos Fernandes, acrescentando que, “com a aproximação da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia no primeiro semestre de 2021, o Governo estabelece, com esta conferência, o tema das alterações climáticas como um dos mais estratégicos e determinantes para esse período”.

De acordo com o referido documento, João Pedro Matos Fernandes preside à conferência e à primeira mesa redonda sobre a ação climática na recuperação económica, onde vão participar ainda António Costa Silva, Sofia Santos, Francisco Ferreira e Teresa Sá Marques.

“Neste primeiro painel, o debate centrar-se-á na recuperação económica e social no período pós-Covid, que tem vindo a mobilizar vários agentes da sociedade, a nível nacional e internacional. Os movimentos para uma recuperação alinhada com os princípios da neutralidade carbónica têm vindo a ganhar expressão, traduzindo-se em diversas iniciativas por parte de organizações internacionais, empresas e países, as quais serão discutidas também no contexto do Pacto Ecológico Europeu, nesta primeira mesa redonda”, assinala o referido comunicado.

Segundo os responsáveis do Miistério do Ambiente, o tema do segundo painel, a relação entre a agricultura e as alterações climáticas, será discutido entre a ministra Maria do Céu Antunes e os especialistas Miguel Bastos Araújo, Francisco Avillez e António Filipe.

“A agricultura é um dos setores económicos mais afetados pelos efeitos das alterações climáticas, com tendência para uma maior escassez hídrica, pelo aumento da frequência e intensidade dos fenómenos meteorológicos extremos ou pelos efeitos do aumento da temperatura. Nesta mesa redonda,debater-se-ão os desafios internacionais nesta área e a adoção de medidas de adaptação para aumentar a resiliência e reduzir as vulnerabilidades de Portugal aos efeitos das alterações climáticas, uma vez que estamos entre os países potencialmente mais afetados”, assegura o comunicado em questão.

O Ministério do Ambiente salienta ainda que, “uma vez que o oceano é o principal regulador do clima da Terra e tem um papel fundamental no ciclo global do carbono, a terceira mesa redonda da conferência é dedicada aos desafios que o mar enfrenta: as alterações climáticas, o lixo marinho, a subida do nível das águas, a perda da biodiversidade, a segurança alimentar, a acidificação e a sustentabilidade”.

Estas questões, “que implicam o envolvimento de todos – governos, sociedade civil, indústria, universidades, centros de investigação e ONG [Organizações Não Governamentais] –, serão aprofundadas entre o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, e os especialistas nesta área, Peter Thomson, Cyrill Gutsch, Tiago Pitta e Cunha, Carlos M. Duarte e Isabel Sousa Pinto.

A conferência irá encerrar com o tema dos conflitos relacionados com as alterações climáticas, identificadas pelo Fórum Económico Mundial, no início deste ano, como um dos principais riscos globais.

“Enquanto precursoras de disrupções no ambiente, na economia e na sociedade, afetando sobretudo as populações mais vulneráveis, são promotoras de pobreza e de migrações. Combater as alterações climáticas enquanto imperativo moral, ético e económico será uma das ideias-chave aprofundadas nesta mesa redonda, em que participa o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e os especialistas Tomás Alvim, Pedro Matos, Ana Santos Pinto e Greg Carr”, assegura o comunicado do Ministério do Ambiente.

 

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