[weglot_switcher]

ACIF pede mais companhias aéreas e ‘slots’ para a Madeira

O presidente da ACIF pede ainda uma solução alternativa ao Aeroporto da Madeira. Jorge Veiga França aborda ainda a ligação ferry entre Madeira e Continente, e pede apoio nacional ao frete.
24 Janeiro 2020, 07h45

O presidente da Câmara do Comércio e Indústria da Madeira (ACIF), Jorge Veiga França, alerta para a necessidade de a Madeira atrair pelo menos mais uma companhia aérea para a rota, ter mais slots atribuídas para o destino, e de estudar outras alternativas ao Aeroporto da Madeira criando uma solução Madeira +1 com o Aeroporto do Porto Santo.

“A acessibilidade tem sido uma preocupação neste mandato da ACIF. Nos planos de contingência, a médio e longo temos de olhar para o Aeroporto do Porto Santo, e olhar também para as ligações multi-modais, com a parte marítima, Porto Santo – Funchal”, acrescenta.

O dirigente da ACIF sublinha que é preciso estudar este assunto para resolver este problema gravíssimo da acessibilidade com a região.

“É preciso estudo. Vamos fazê-lo. Tem de ser abrangente e não olhar só para uma parte da equação”, defende o presidente da ACIF.

Jorge Veiga França refere que se a ACIF poder orientar e coordenar esses estudos será com muito prazer que assumirá essa responsabilidade, mas diz que diversos agentes económicos têm também responsabilidade nesta fase.

“Tem de ser uma decisão primeiro dos decisores. Temos os governos, as gestora aeroportuárias, agências turísticas, operadores, etc… Mas de forma coordenada. Temos olhar problemas de frente e começar a resolve-los já porque há coisas que não se conseguem de imediato. Temos de ter visão integrada”, sugere.

Jorge Veiga França alerta para a “cada vez mais concentração” em menos operadoras turísticas, que são cada vez maiores, que chegam ao ponto de absorver cadeias hoteleiras e companhias aéreas.

O presidente da ACIF refere que a instituição “não tem nenhuma petulância” que tem a solução nas mãos. “Queremos participar activamente, ser parte da equação, e ter uma palavra a dizer e poder ajudar naquilo que podermos ajudar”, acrescenta.

O dirigente da associação lembra que a Constituição fala em integração e continuidade territorial, e que esta matéria diz respeito ao Estado Português, apesar de realçar o “esforço incrível” do Governo Regional nesta área mas alerta que este “não faz milagres”.

É ainda pedido por Jorge Veiga França apoio nacional em assuntos como o apoio ao frete, e questiona porque se foi aumentar a participação na TAP quando o Estado tem 50% da companhia aérea mas não decide nada.

Relativamente à mobilidade Jorge Veiga França lembra que aqueles que residem em todo o território nacional também têm direito a vir à Madeira em condições mais acessíveis, em alusão ao subsídio de mobilidade aérea entre o território nacional e a Madeira.

Jorge Veiga França refere que se pode arranjar aviões maiores para voar para a Madeira, e pergunta porque não se aumentam as slots nos aeroportos.

“Os aviões são muito mais silenciosos. Porque enquanto não se resolve o Hub de Lisboa, com Lisboa +1, não se aumenta da meia-noite às 1 da manhã e das 6 para as 5 da manhã e se mete os voos a sair para estes destinos. Aumentando a capacidade e slots podia-se ter mais gente a viajar para cá. Não seria suficiente mas ajudava alguma coisa”, defende o presidente da ACIF.

Jorge Veiga França abordou ainda o ferry, defendendo que a operação deveria ser espalhada durante o ano inteiro, o que permitiria aliviar os custos da operação. O presidente da ACIF pediu ainda abertura ao associativismo pelo menos para análise das coisas a nível setorial.

Edição do Económico Madeira de 3 de janeiro. Pode ler a entrevista a Jorge Veiga França aqui.

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/madeira-atividade-economica/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”1097″ slug=”madeira-atividade-economica” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/madeira-atividade-economica/thumbnail?version=1578504281556&locale=pt-PT&publisher=www.jornaleconomico.pt” mce-placeholder=”1″]

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.