As ações da Impresa desvalorizaram ao início da manhã 10,22% para os 0,29 euros na bolsa de Lisboa, depois de a empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão ter anunciado “um reposicionamento estratégico da sua atividade”. A queda da empresa reflete as preocupações dos acionistas com a revelação de que a Impresa vai “reduzir a sua exposição no setor das revistas” para dar prioridade aos “componentes do audiovisual e do digital”.
Este é o maior recuo no valor das ações desde 2 de junho, dia em que estas chegaram aos 0,28 euros. A empresa negoceia, nesta altura, com perdas de 7,43% para os 0,30 euros no PSI Geral, com os acionistas pouco otimistas em relação ao anúncio feito pelo Grupo.
A Impresa anunciou esta quarta-feira, em comunicado, que “iniciou um processo formal de avaliação do seu portefólio e respetivos títulos, que poderá implicar a alienação de ativos. A prioridade passa por continuar a melhorar a situação financeira do Grupo, assegurando a sua sustentabilidade económica, e logo a sua independência editorial”.
Há vários interessados em adquirir a revista Visão em conversas com a Impresa, não só com a administração mas também com a direção liderada por Mafalda Anjos e Rui Tavares Guedes, segundo disse fonte próxima do processo ao ‘Jornal Económico’. A mesma fonte refere que a Visão tem uma projeção de EBITDA positivo em 2017 e que está com vendas em banca acima do orçamentado e acima do ano anterior. Ao que tudo indica, a continuidade do semanário Expresso não está em causa.
O grupo detém publicações como as revistas Visão, Caras, Activa, Exame, Exame Informática, Telenovelas e TV Mais.
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