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Acordo com Luís Filipe Vieira tira 24,5 milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos

Banco público ficou com 50% do Fundo Imobiliário Fechado Real Estate, que era a percentagem de capital detida pelo presidente do Benfica, devido a uma dívida de 31 milhões de euros, num negócio realizado em 2012.
1 Junho 2018, 10h24

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) pode vir a perder 24,5 milhões de euros devido a um negócio feito com o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, em 2012. A notícia é avançada esta sexta-feira pelo “Correio da Manhã (CM), que dá conta que este prejuizo surge depois do Banco EuroBic (que adquiriu o BPN) ter pedido durante esta semana a insolvência do Fundo Imobiliário Fechado Real Estate.

A CGD passou a deter perto de 50% deste Fundo depois de ter ficado com a participação do presidente do clube da Luz, em relação a um acordo para o pagamento de uma dívida de 31 milhões de euros. De acordo com o “CM” este acordo entre o banco do Estado e Luís Filipe Vieira foi feito durante um período em que a Caixa Geral de Depósitos “queria recuperar créditos em investimento”.

Nesse ano de 2012 e para conseguir pagar os 31 milhões de euros que tinha em incumprimento na CGD, Luís Filipe Vieira, segundo o “Correio da Manhã”, fez uma proposta ao banco “para entregar a título de dação em pagamento as unidades de participação que detinha no fundo Real Estate”. Entre 2012 e 2017 este fundo já deu à CGD 49 milhões de euros de prejuízo.

No relatório e contas do último ano o Real Estate tinha uma dívida a terceiros de 15,7 milhões de euros e um ativo líquido a rondar os 23 milhões de euros em terrenos e construções, que no entanto têm vindo a desvalorizar.

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