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Acordo UE-China: Investidores europeus querem portas abertas

Não passa ainda de um mero acordo de princípio que tem de ser ratificado no Parlamento Europeu, o que não vai ser fácil, mas Bruxelas e Pequim querem ser parceiros económicos privilegiados. Líderes europeus esperam maior reciprocidade na abertura ao investimento estrangeiro, Washington vê tudo como uma má notícia, após quatro anos de guerra de Trump ao multilateralismo, mas para a China é mais um passo numa renovada globalização que Xi Jinping quer manter na órbita da sua influência direta.
9 Janeiro 2021, 09h00

Ao cabo de sete penosos anos, a União Europeia anunciou no penúltimo dia do pouco auspicioso 2020 um acordo que pretende ser de largo espectro com a China – não mais que um “acordo de princípio”, para já – que, nas palavras da Comissão Europeia liderada pela alemã Ursula von der Leyen, “irá criar um melhor equilíbrio nas relações comerciais UE-China”, necessário por “a União ter sido tradicionalmente muito mais aberta do que a China ao investimento estrangeiro”.

O acordo de princípio foi penoso, desde logo porque uma das principais partes interessadas no processo não estava sentada à mesa das negociações: os Estados Unidos. Mas fazia-se sentir de forma omnipresente, digamos, dado que Bruxelas não pode, pelas mais diversas razões, dar-se ao luxo de assumir uma qualquer postura com a China sem ter em consideração a condição de parceiro atlântico de Washington, que em larga medida é desde 1945 (e com mais evidência a partir de 1957, com a fundação da Comunidade Económica Europeia), num poderoso travão à sua independência.

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