Administração da CP considera greve “despropositada”

A administração da CP  considera que a greve está a decorrer durante esta segunda-feira, pela parte dos trabalhadores das bilheteiras da empresa, é “despropositada”.

“A CP lamenta os incómodos causados pela greve convocada por uma organização sindical para o dia de hoje. Esta greve acontece numa altura em que a generalidade dos trabalhadores da CP estão fortemente empenhados na melhoria do serviço prestado pela empresa, de que são exemplo os índices de regularidade que registam, em todos serviços, taxas acima dos 98% nos meses de agosto e setembro”, destaca a administração liderada por Carlos Gomes Nogueira.

O presidente da transportadora ferroviária nacional contraria as razões invocadas pelo sindicato [SFRCI – Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante] para a greve que vai decorrer durante as 24 horas do 1 de outubro, mas que já teve impactos no dia de ontem, que se vão prolongar até terça-feira.

Segundo a CP, “o processo de recrutamento de trabalhadores da carreira comercial está programado, e será concretizado de forma faseada”, enquanto “o processo de aquisição de material circulante está em curso, conforme tem sido publicamente divulgado, pela CP e pelo Governo, estando o seu lançamento previsto nas próximas semanas”.

“As negociações relacionadas com o Acordo de Empresa estão em curso, em diálogo com as diversas organizações sindicais, estando o desenvolvimento do processo dentro dos prazos estabelecidos”, garante um comunicado da CP, concluindo que a administração da empresa “lamenta profundamente a realização desta greve, que entende ser despropositada face ao enunciado acima, bem como os prejuízos que dela decorrem para todos quantos necessitam dos comboios para as suas deslocações diárias”.

O comunicado da CP não adianta qualquer ponto da situação sobre as supressões de comboios já ocorridas devida à greve nem sobre o grau de adesão à paralisação por parte destes trabalhadores das bilheteiras.