Os conselhos de administração do CaixaBank e Bankia vão aprovar esta quinta-feira a criação do maior banco espanhol, segundo avançam os jornais espanhóis.
O jornal Cinco Días realça que a operação foi analisada esta quarta-feira pelos supervisores e pela Autoridade da Concorrência. Está tudo a correr sobre rodas para criar o maior banco doméstico espanhol. Uma revolução no setor bancário do país vizinho.
A Fundação La Caixa consultou na sexta-feira passada o BCE para saber se poderia elevar temporariamente sua participação no banco acima dos 40% que possui, um teto que também é definido pelo regulamento das fundações, avança o jornal. O supervisor europeu não viu inconvenientes nessa ultrapassagem.
Na terça-feira à noite, a ministra da Economia, Nadia Calviño, e o presidente da Fundação La Caixa, Isidro Fainé, acertaram os detalhes que estavam pendentes para poder convocar os conselhos de administração do CaixaBank e do Bankia para aprovar sua fusão.
Mas, primeiro, as duas partes enviaram ontem a documentação da integração órgão de governo do FROB (Fondo de Reestructuración Ordenada Bancaria), entidade pública. O FROB é o principal acionista do Bankia, com 61,8% do seu capital.
A comissão de governo do FROB é formada por 11 membros com voz e voto na operação. Nele estão a CNMV, a autoridade da Concorrência, o Ministério da Economia, o Ministério das Finanças e o Banco da Espanha, além, claro, do seu presidente, Jaime Ponce. Segundo o Cinco Días, a opinião deste órgão é fundamental para a operação, por isso os conselhos de administração dos dois bancos preferiram que a FROB tivesse conhecimento dos pormenores da operação antecipadamente.
A aprovação final ocorrerá nas próximas semanas.
Na reunião de hoje, será dado o sinal verde final para o fecho do rácio de troca da operação, uma vez que todos os dados da due diligence, para tratar da proposta de incorporação e definir o preço da operação, já estão na posse dos presidentes dos dois bancos.
Na nova entidade resultante da fusão manterá o nome e a marca CaixaBank e a Fundação La Caixa controlará 30% do capital.
Segundo os jornais espanhóis o FROB terá exigido um prémio de 20% sobre o valor das ações do Bankia.
O CaixaBank terá no novo grupo entre 74% e 75% e o Bankia entre 25% e 26%, ainda segundo a imprensa espanhola.
O Cinco Días avança também que Gonzalo Gortázar ficará como CEO do novo banco e José Ignacio Goirigolzarri, será o presidente. A administração será composta por 15 membros, sendo 10 independentes e três representantes dos acionistas – um deles representará o Estado, por meio da participação do FROB no Bankia, e dois do La Caixa. Haverá 10 independentes.
O CaixaBank é dono do BPI a 100%.
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