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Aeroporto no Montijo será um “cenário de perigo”, afirma bastonário dos Engenheiros

O novo aeroporto internacional de Lisboa deveria ser em Alcochete, que é a melhor localização estudada, defende Mineiro Aires, considerando que o Montijo comporta um “cenário de perigo”.
27 Setembro 2019, 07h40

A “atividade da engenharia civil em Portugal não regressou aos níveis praticados antes da crise”, reconheceu ao Jornal Económico o Bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Mineiro Aires, à margem da cimeira Lisbon CES – Civil Engineering Summit, realizada nas instalações do LNEC entre 24 e 28 de setembro. Aliás, Mineiro Aires considera que “nada voltará a ser como antes da crise”, diz. Contudo, esta apreciação não significa que a atividade dos engenheiros tenha sido “amputada”, ou que haja sectores descontinuados na engenharia. Pelo contrário. Há novos temas a que a Engenharia já começou a dedicar atenção, como a transformação digital, as preocupações com a reciclagem e a economia circular. Mas também há problemas recorrentes, que terão de ser decididos a curto prazo, que envolvem alguns dos próximos projetos de engenharia mais importantes para Portugal, como são os casos do aeroporto internacional de Lisboa, da Alta Velocidade ferroviária ou das infraestruturas de logística que sustentam a atividade económica nacional.

O aeroporto do Montijo será um dos projetos prioritários para a economia portuguesa. A Ordem dos Engenheiros (OE) também considera que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) feito ao projeto do aeroporto do Montijo utilizou pressupostos ultrapassados?
Aquilo foi feito para justificar a decisão. E a decisão foi tomada no anterior Governo, vamos ser claros. Foi tudo martelado no Governo anterior, que fez a concessão dos aeroportos. O Estado estava sem dinheiro. Pela concessão, pagaram 3,08 mil milhões de euros e durante 50 anos ficámos sem soberania aeroportuária. Quem manda nos aeroportos todos em Portugal é a ANA. Curiosamente, quem negociou, quem fez o contrato é hoje Presidente do Conselho de Administração da ANA, José Luís Arnaut. Sérgio Monteiro assinou a concessão e antes de se ir embora encarregou-se de alterar o contrato e dizer que a solução é o Montijo.

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