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Afeganistão: G20 discute terça-feira crise humanitária e luta contra o terrorismo

Os líderes do G20 vão discutir na terça-feira uma estratégia comum para enfrentar a crise humanitária no Afeganistão e evitar um novo foco de terrorismo neste país, numa cimeira extraordinária convocada por Itália.
  • Líderes talibã
11 Outubro 2021, 13h18

A reunião em formato virtual – a poucas semanas da cimeira final do G20, em Roma, que será presencial – foi uma iniciativa do primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, que conseguiu reunir os países mais ricos do mundo para discutir a situação no Afeganistão.

A intenção do Governo italiano é que a crise afegã – desencadeada pela chegada dos talibãs ao poder em agosto – possa ser discutida em profundidade para permitir que a cimeira do G20 de 29 e 30 de outubro se concentre em outras questões, como a crise climática, a pandemia de covid-19 ou a imposição de um imposto mínimo para as multinacionais.

Para este encontro, foram ainda convocados países vizinhos do Afeganistão (como o Paquistão, Irão e Qatar), bem como organizações internacionais (como as Nações Unidas, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional).

“Trata-se de perceber se é possível ter um conjunto comum de objetivos (sobre o Afeganistão) no G20, que são os países mais ricos do mundo, colocando a questão humanitária à frente de tudo (…). É um dever da maioria dos países mais ricos do mundo fazer alguma coisa para evitar uma catástrofe humanitária”, disse Draghi, em 29 de setembro, quando anunciou este encontro.

O primeiro-ministro italiano disse ainda ser necessário encontrar medidas “para evitar que o Afeganistão se torne de novo um ninho do terrorismo internacional”, para evitar a sua propagação na Europa, mas também em países vizinhos do Afeganistão.

Mario Draghi trabalhou intensamente no último mês para que esta cimeira acontecesse, fazendo inúmeros contactos telefónicos com vários líderes europeus e mundiais, e viajando até Marselha para se encontrar com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e contando com o conselho do chefe da diplomacia italiana, Luigi di Maio, que recentemente viajou para o Médio Oriente.

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