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Afinal as energias renováveis (e a sua exploração excessiva) também podem criar problemas ambientais

As tecnologias necessárias para o fornecimento de eletricidade, através da energia solar e eólica, estão “mais dependentes de matérias-primas” do que os sistemas de abastecimento de combustíveis fósseis, explica o Banco Mundial.
  • Fabian Bimmer/Reuters
18 Julho 2017, 13h23

Um relatório do Banco Mundial alerta que a transição na exploração de combustíveis fósseis para energias ‘limpas’, numa tentativa de minimizar o impacto das alterações climáticas, pode vir a causar novos desafios ambientais para a humanidade. O Banco Mundial sustenta que a dependência de matérias-primas por parte das energias renováveis pode causar uma saturação na exploração e extração de metais e elementos raros da crosta terrestre.

As tecnologias necessárias para o fornecimento de eletricidade, através da energia solar e eólica, estão “mais dependentes de matérias-primas” do que os sistemas de abastecimento de combustíveis fósseis, explica o Banco Mundial no relatório. A instituição financeira internacional indica que para dar cumprimento ao Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, os materiais usados, como o lítio essencial para alimentar as baterias das turbinas eólicas, painéis solares e carros elétricos, podem vir a pôr em risco, teriam de ser melhor geridos.

“Se não forem geridos corretamente os minerais utilizados pelas energias renováveis para combater o aquecimento global poderemos sofrer um bloqueio face às políticas tomadas sobre o aquecimento global”, afirma Riccardo Puliti, responsável do Banco Mundial pelas pastas da energia e práticas de extração ao jornal britânico ‘Financial Times’.

Riccardo Puliti vai mais longe e diz mesmo que os Governos deveriam olhar para o desenvolvimento da indústria de utilização de minerais como “um complemento e não um concorrente na luta por um futuro mais verde e sustentável” e focar se em desenvolver “políticas climáticas e de desenvolvimento sustentável coerentes”.

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