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“Agora temos mais clientes que falam espanhol do que português”, diz CEO da Fidelidade

“Apoiados pelos nossos acionistas, em especial a Fosun, decidimos crescer fora das nossas fronteiras e desde o primeiro momento fixamo-nos nos países na America Latina, e em especial o Peru”, afirmou Jorge Magalhães Correia aos jornalistas, em Lima, após a conclusão da compra da posição maioritária na La Positiva por cerca de 93,5 milhões de euros.
9 Janeiro 2019, 17h19

A compra de 51% da seguradora peruana La Positiva resultou da necessidade da Fidelidade ultrapassar as limitações do mercado doméstico, afirmou o CEO da seguradora, salientando que a operação vai mudar a natureza da empresa.

“A Fidelidade é uma empresa grande para o tamanho do nosso país, representamos um terço do mercado de seguros – costumo dizer que somos um peixe muito grande para um aquário pequeno”, afirmou Jorge Magalhães Correia aos jornalistas em Lima, após a conclusão da compra da posição na La Positiva por 107 milhões de dólares (cerca de 93,5 milhões de euros).

O CEO explicou que apesar da dimensão, a Fidelidade é uma empresa ágil e que antecipa as tendências com rapidez.

“Apoiados pelos nossos acionistas, em especial a Fosun, decidimos crescer fora das nossas fronteiras e desde o primeiro momento fixamo-nos nos países na America Latina, e em especial o Peru”, afirmou.

Jorge Magalhães Correia recordou que a Fidelidade tem seis operações fora de Portugal, mas que no total representavam apenas 7% dos prémios cobrados no ramo não-vida.  A compra da posição na La Positiva vai transformar esse e vários outros rácios da maior seguradora portuguesa.

“Para a Fidelidade este é um projeto estratégico, que representa uma mudança na natureza da empresa. Teremos a partir de agora, mais clientes que falam espanhol que português”, sublinhou .

Segundo uma apresentação divulgada no evento em Lima, os prémios cobrados no ramo não-vida fora de Portugal passarão a representar 28% do total, face a 11% no final de 2017.

O número de colaboradores sobe para 5,5 mil de 3,2 mil, com o rácio de funcionários nas operações externas a disparar de 16% para 51%. A Fidelidade passa a ter 7,6 milhões de clientes, 71% dos quais são fora de Portugal. Antes da compra da La Positiva, a seguradora portuguesa tinha 2,6 milhões de clientes, dos quais apenas 15% eram das operações externas.

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