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“Agroindústria intensiva não é incompatível com a agroecologia”

A agricultura portuguesa evoluiu, mas continua a ser desafiada, agora por movimentos como o foco no ambiente ou o crónico défice de qualificações.
9 Abril 2021, 20h15

A agroindústria portuguesa mudou muito nos últimos 15 anos, mas agora tem novos desafios pela frente, nomeadamente o Pacto Ecológico Europeu e a transformação do próprio negócio. Em entrevista ao Jornal Económico, o presidente do conselho de administração da Avipronto e ex-secretário de Estado da Agricultura que mais tempo esteve em funções analisa o sector.

Que análise faz da atual situação do sector agroalimentar?
O sector agroalimentar é um sector estratégico da economia da União Europeia (UE) e da economia nacional, em particular. Provou novamente, agora em contexto de pandemia, a sua capacidade e agilidade para garantir níveis de produção e de abastecimento alimentar ajustados às necessidades da população, mas isso só foi possível porque a agricultura portuguesa é hoje bastante diferente, e para melhor, do que há 15 anos atrás. Temos, atualmente, uma agricultura mais profissional, mais inovadora e mais orientada para o mercado, o que nos permite ter também um sector agroalimentar melhor preparado para responder aos desafios do futuro. A chave desta melhoria assentou grandemente na inovação que atravessou de uma forma transversal a grande maioria da produção agroalimentar, nomeadamente vinho, azeite, hortofrutícola e produção animal. São exemplo disso o volume de negócio gerado pelo sector, da ordem dos 26 mil milhões de euros, e um valor de exportações de cerca de sete mil milhões de euros, com um crescimento constante ao longo da última década, valor muito próximo das exportações do calçado e do têxtil juntos.

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