[weglot_switcher]

Aguiar Branco: “Precisamos de deputados que estejam no mundo real”

O sócio fundador da JPAB fala dos desafios da firma, do mercado da advocacia e da sua visão da política como um serviço cívico, onde a experiência da “vida real” é fundamental. E não exclui voltar à política ativa.
2 Novembro 2018, 07h49

José Pedro Aguiar Branco, sócio fundador da JPAB Advogados, é o convidado desta semana do “Decisores”, o programa de entrevistas do JE, que transmitimos todas as sextas-feiras, às 11h00, no site e nas redes sociais do Jornal Económico. O advogado e ex-ministro da Justiça e da Defesa fala dos objetivos da firma e da sua visão sobre o exercício de funções públicas. A política deve ser uma missão de serviço público e não uma profissão, defende Aguiar Branco, alertando para o risco de os políticos profissionais se tornarem “correias de transmissão” dos diretórios partidários e dos diferentes lobbies.

A JPAB tem feito operações com alguma dimensão, têm crescido e incorporado novas equipas. Qual é a estratégia do escritório?

Ao longo dos últimos anos, a JPAB tem crescido e hoje somos cerca de 60 advogados. Mas pretendemos não perder nunca a matriz de uma sociedade de advogados tradicional, em que a proximidade com o cliente se alia à inovação e à criatividade. Hoje, a massificação da advocacia é uma realidade e, por isso, consideramos ser um privilégio manter uma relação de confiança muito próxima entre cada advogado e os seus clientes.

Os clientes ainda valorizam essa relação pessoal com o seu advogado?

A nossa experiência diz-nos que os clientes sentem que têm de ter o melhor advogado do mundo, tal como um paciente sente que tem o melhor médico do mundo. Ora, isso faz-se na base da confiança e vai além da competência técnica do advogado.

Competência técnica sem confiança não resulta?

É evidente porque estamos a falar de uma relação na qual, quer a nível empresarial, quer a nível pessoal, existe um espaço amplo onde entram a personalidade do advogado, a sua empatia com o cliente e a forma como articula e transmite a estratégia para determinado caso. Nós, tendo em conta o tipo de perfil que queremos para a nossa sociedade, eu diria que se associa mais à lógica de um alfaiate do que à lógica de um pronto a vestir. Isto é importante porque nos permite continuar a fornecer um serviço de qualidade.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.