AHRESP apela a novo incentivo ao consumo em restaurantes, hotéis e bares

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) voltou esta sexta-feira a propor que seja lançada uma campanha de incentivo ao consumo nos estabelecimentos de restauração e bebidas e alojamentos turísticos, para mitigar os efeitos das medidas de contenção da pandemia.

“O clima de insegurança e incerteza sentido entre consumidores, a falta de turistas, a diminuição do poder de compra e a obrigatoriedade de adoção do regime de teletrabalho – que foi prolongada mais uma semana – tem vindo a traduzir-se numa redução muito expressiva da procura por estes estabelecimentos”, começa por explicar a associação que representa o sector.

A AHRESP diz, em comunicado enviado à comunicação social, que há estratégias concretizadas por outros países que têm sido “bem-sucedidas” e contribuem para a dinamização destas atividades económicas. Porém, não detalha se gostaria que voltasse a ser implementado um modelo como o IVAucher.

Ontem, o Governo decidiu em Conselho de Ministros que o regime de trabalho remoto continuará a ser obrigatório em todo o território nacional continental até ao próximo dia 14 de janeiro, passando apenas a recomendado a partir daí. É ainda obrigatória a apresentação de certificado digital (de vacinação, de testagem ou de recuperação) para entrar em restaurantes e mantêm-se os limites relativos à ocupação dos estabelecimentos comerciais, que prevê uma ocupação máxima indicativa de uma pessoa por cada cinco m2 de área.

“Uma campanha de dinamização do consumo num período habitualmente fraco para estes sectores, o inverno, pode ser excelente ponto de partida para restituir a confiança do consumidor e incentivar compras futuras. Este é o momento para se planear a dinamização de um dos sectores mais importantes da economia e atividades adjacentes”, considera a AHRESP.

A associação presidida pelo comendador Mário Pereira Gonçalves defende ainda, no boletim de hoje, a criação de uma medida de apoio excecional de compensação do aumento da retribuição mínima mensal garantida (RMMG) na região autónoma dos Açores, à semelhança do que aconteceu no continente, através da atribuição aos empregadores de um subsídio pecuniário correspondente a uma importância fixa por trabalhador que aufira a RMMG.

Segundo o barómetro mais recente da consultora Informa D&B, em 2021 foram constituídas 3.758 empresas de alojamento e restauração, o que perfaz um aumento de 3,6% comparativamente a 2020. No entanto, este sector foi responsável por 10,7% (1.378 empresas) do total de encerramentos registados no ano passado.