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Ajudas do Estado à banca desde 2007 atingem 12% do PIB

Nos últimos 12 anos, o Estado injectou 23,8 mil milhões  na banca, revela o Banco de Portugal no relatório extraordinário que foi entregue no Parlamento com a lista dos grandes devedores que permanece fechada a sete chaves no gabinete do Presidente da Assembleia República.
  • Leonhard Foeger/Reuters
28 Maio 2019, 14h45

O Banco de Portugal fez as contas ao custo das  operações de resgate, resolução, capitalização, com dinheiro do Estado, nacionalização ou quaisquer formas de liquidação de instituições de crédito com recurso, direto ou indireto, a fundos públicos e concluiu que estas ajudas atingiram os 23,8 mil milhões de euros desde 2007 até 2018.

Este valor é equivalente a 12% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, tendo em conta a riqueza criada no país em 2018: 201,530 mil milhões de euros.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) lidera com um total de 6.250 milhões de euros de ajudas estatais desde 2007.

Logo a seguir surge o BPN com 4.915 milhões de euros, seguido BES/Novo Banco que surge com top 3 dos maiores devedores com 4.330 milhões de euros.

Na lista do supervisor, o BANIF surge na quarta posição com injecções de 3.355 milhões de euros, seguindo-se o BCP com um total de 3.000 milhões de euros.

Nas duas últimas posições, surgem o BPI com 1.500 milhões e o BPP com 450 milhões de euros.

Injeções na CGD somam perto de nove mil milhões

No relatório, o BdP explica que na contabilização dos recursos públicos disponibilizados para a CGD excluíram‐se, por não corresponderem a um desembolso de novos fundos, as operações incluídas no conjunto  de medidas de capitalização da CGD levadas a cabo em 2017/2018. Estas operações somam 2.400 milhões de euros que foram injeados na Caixa que somam aos 6.250 milhões de euros de ajudas estatais, num total de 8.650 milhões de euros.

Em causa estão operações como o aumento do capital social em espécie no montante de  900 milhões, resultante da  conversão em capital de instrumentos de capital Core Tier 1 (Contingent Convertible Bonds ‐ CoCos) que tinham sido subscritos pelo Estado Português em junho de 2012 (e que foram
contabilizados nessa data); o aumento de capital em espécie no montante de  500 milhões de euros, através da incorporação de  49% do capital social da Parcaixa SGPS, S.A.;  a tranche de 500 milhões de euros relativa à emissão de obrigações subordinadas Additional Tier 1,  que foi colocada em investidores terceiros e outra tranche de  500 milhões de euros relativa à emissão de instrumentos de dívida representativos de  fundos próprios de nível 2 (Tier 2), que foi colocada em investidores terceiros.

  • Notícia em atualização
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