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Alemanha: Merkel e Schulz mais perto de fechar negociações para formar coligação

A União Democrata-Cristã (CDU) da chanceler Angela Merkel e o Partido Social-Democrata (SPD) de Martin Schulz concordaram esta quinta-feira em avançar com um pacote de medidas.
  • Reuters
2 Fevereiro 2018, 12h21

As negociações para formar coligação de Governo na Alemanha estão mais perto de entrar na reta final. A União Democrata-Cristã (CDU) da chanceler Angela Merkel e o Partido Social-Democrata (SPD) de Martin Schulz concordaram esta quinta-feira em avançar com um pacote de medidas destinadas ao setor da educação, avaliado em  11 mil milhões de euros.

Manuela Schwesig, uma das principais negociadoras dos sociais-democratas, defendeu à saída da reunião de negociações que a aprovação deste pacote de medidas vai ajudar a convencer os membros do SPD que se mostraram céticos com o anúncio da “Grande Coligação” na Alemanha. “Este projeto de educação é emblemático e pode vir a convencer os nossos membros mais céticos. A educação é um dos setores onde queremos vir a investir”.

Este é o segundo grande acordo entre a CDU e o SPD, depois de oito dias de negociações. Na terça-feira, o SPD e a CDU concordaram com o prolongamento do reagrupamento familiar dos refugiados “subsidiários”, categoria que engloba milhares de pessoas que não são oficialmente reconhecidas como refugiadas. O acordo estabelece também que a cada mês, 1.000 pessoas serão autorizadas a imigrar para a Alemanha ao abrigo do reagrupamento familiar, a partir de agosto.

Entre os grandes obstáculos ao consenso entre ambos estão ainda as propostas para o setor da saúde e do trabalho. Martin Schulz defende que sejam colocados entraves para os contratos a termo de curto prazo, mas a flexibilidade na contratação é uma das principais razões pelas quais a Alemanha tem uma das taxa de desemprego mais baixas da Zona Euro. O SPD quer ainda terminar com o atual sistema de seguro de saúde, público e privado, e criar um seguro único, que garanta taxas de pagamento iguais.

As propostas discutidas em sede de negociações vão depois ser apresentadas aos cerca de 440 mil militantes do partido, que vão decidir se a coligação com a CDU avança (ou não) nos termos definidos.

Angela Merkel manifestou a vontade de concluir as negociações com o SPD em meados de fevereiro. A ideia é dar tempo para que o acordo possa ser consultado e aprovado pelos sociais-democratas durante cerca de um mês para que em março fosse constituído formalmente o novo Governo, que entraria em funções cerca de seis meses depois das eleições gerais de 24 de setembro.

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